Prontas para a batalha

Neste final de semana os finalistas da sexta edição do Peladão Indígena serão conhecidos. Quatro jogos decisivos vão acontecer nos campos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e a disputa entre as etnias promete esquentar. As mulheres entram em campo primeiro. Às 9h30, a Associação Esportiva Perdigão - atuais campeãs da categoria feminina - enfrentam as garotas do Kokama, no campo de número 2 da Universidade.

Às 10h30, no mesmo campo, Indígena Manaós e Hywi definem a outra finalista. Já os confrontos masculinos serão às 11h30. Kokama e Hywi Wató jogam no campo de número um. No mesmo horário, Karawara e Watyama disputam a outra vaga na decisão no campo dois da Ufam. As finais serão no dia 05 de dezembro.

Revanche
Caso as equipes do Indígena Manaós e A.E. Perdigão vençam seus jogos no feminino, um confronto que dividiu a família Marques no início da competição será reeditado. As irmãs Daniele, 24 e Niele, 26, são como unha e carne. Mas, justamente o Peladão - que é conhecido por unir todos os povos e boleiros por todo o Estado - foi responsável pela "separação".

Ao menos durante o jogo que marcou a abertura do torneio em outubro. Atacante do A.E. Perdigão, Daniele deixou o campo mais feliz, pois seu time venceu por 3 a 0 na ocasião. Restou à Niele, zagueira do Indígena Manaós, lamentar. "A turma não deu combate. Uma andorinha só não faz verão", esbravejou. Moradoras da comunidade São Félix, em Autazes, as irmãs tem o esporte nas veias. Daniele, inclusive, já foi campeã em 2008 pelo Hiwi. Para chegar nos jogos do Peladão indígena elas enfrentam uma verdadeira maratona.

A dupla pega uma lancha até o Careiro da Várzea e atravessa de Balsa até o porto da Ceasa. A união só acaba mesmo em campo. "Se tiver um lance que precise acertar ela não tem problema. Depois a gente conversa em casa", disse Niele. "Ninguém briga nem em campo nem em casa não", desconversou Daniele. Será mesmo? Dentro de campo, não.

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