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Promotoria de Justiça de Carolina (MA) condena usinas que vão destruir cachoeiras

Viaecológica-Brasília-DF
06 de Abr de 2003

A ameaça de destruição de duas belas cachoeiras no sertão maranhense levou o promotor de Justiça de Carolina (MA) a colocar-se contra a construção de duas pequenas centrais hidrelétricas (pch) no rio Farinha, afluente do rio Tocantins, divisa com o município de Estreito, numa região que está se abrindo para o ecoturismo principalmente dada a proximidade com Palmas (TO). Na semana passada o promotor Jadilson Cirqueira de Sousa, de Carolina, emitiu parecer condenando as obras devido à destruição de belezas naturais ( que podem se transformar em fonte de renda para a população via ecoturismo) e pelas irregularidades encontradas nos estudos de impacto ambiental (eia) e relatório (rima), parados no órgão ambiental do governo do Maranhão desde 2000, devido a pressão dos prefeitos e organizações não governamentais ambientalistas. As cachoeiras ameaçadas de destruição são as duas maiores e mais bonitas da região - Prata e São Romão, denominadas como cachoeira da ilha e da usina pelos Consórcio Rio Farinha (formado pelas empresas Nova Holanda Agropecuária S/A, envolvida com o escândalo de desvio de verbas de Sudam, e as paranaesnes Companhia Paranaense de Energia-COPEL, Senergy e Plantarte, que pretende construir a central hidrelétrica. "Temos de proteger a natureza e o meio ambiente para a nossa própria salvação. Não é por altruísmo e sim por puro egoísmo. Precisamos, pois, preservar o meio ambiente - a flora, a fauna, o ar, a água, para termos uma boa qualidade de vida. Para conseguirmos isso é preciso desenvolver uma consciência ecológica, uma consciência voltada para a recuperação da qualidade ambiental", diz o promotor em seu despacho do último dia 18. Há propostas, já levadas ao ex-ministro do Meio Ambiente e atual líder do Partido Verde na Câmara Federal, Sarney Filho, para a criação de um parque nacional na Serra da Mesa, englobando as cachoeiras ameaçadas por hidrelétricas de agropecuárias, que não levarão benefícios diretos à população e provocarão enormes estragos ambientais e paisagísticos. (Para mais informações veja www.carolina.com.br ou email para o promotor jadilson@carolinaonline.com.br).

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