VOLTAR

Projeto promove inclusão e desenvolvimento de jovens indígenas Pataxó na Bahia

Adital - http://www.adital.com.br/Site/noticia.asp?lang=PT&cod=45495
Autor: Tatiana Félix
26 de Fev de 2010

Será lançado no final da tarde de hoje (26), na Bahia, o Projeto Juventude Pataxó, que vai promover a inclusão social e profissional de 300 jovens indígenas da etnia Pataxó das Aldeias de Coroa Vermelha e Aldeia Velha, nos municípios de Porto Seguro e Santa Cruz de Cabrália. A iniciativa é da Associação de Mulheres em Ação (MEA) em parceria com o Governo da Bahia, através da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Fundação Nacional do Índio (Funai) e outros.

O Juventude Pataxó faz parte do Programa Trilha - Jovens Baianos e visa promover o desenvolvimento humano, para jovens com idade entre 16 e 24 anos, por meio de ações de caráter educacional e profissional e também com foco em segurança alimentar. A iniciativa propõe estimular e fortalecer o inter-relacionamento escolar, familiar e comunitário.

Através de cursos profissionalizantes, oficinas artístico-culturais e orientação psicossocial, o Projeto Juventude Pataxó tem o objetivo de promover a formação de novos líderes juvenis. A ideia é que esses jovens sejam agentes multiplicadores e atuem a fim de auxiliar o desenvolvimento de suas comunidades.

Além de se enquadrarem na faixa etária do programa, os candidatos às vagas devem ser oriundos de famílias de baixa renda e estarem estudando em escolas da rede pública de ensino. Os jovens participantes do programa receberão uma bolsa auxílio de R$ 65 durante dez meses.

Altemar Felberg, um dos coordenadores do projeto, disse que a iniciativa é pioneira no estado. "É o primeiro projeto de desenvolvimento humano voltado para grupos indígenas". Ele comentou também que a situação dos jovens indígenas não é diferente da situação dos demais jovens.

Para realizar o projeto foi feita uma sondagem nas Aldeias para que esses jovens expusessem suas necessidades. Assim, o programa foi construído de forma participativa e para atender a real demanda da juventude indígena. "Essas duas aldeias estão muito próximas da zona urbana, portanto, esses jovens acabam ficando em situação de maior vulnerabilidade", explicou.

O coordenador afirmou que, ao final do projeto - que tem ações previstas por 12 meses - haverá um encontro com os jovens a fim de que todos discutam políticas públicas e encaminhem as demandas ao poder público.

Altemar disse ainda que esperam receber apoio de outras entidades, e não apenas as governamentais. "O programa pode ser estendido por mais tempo e também ser ampliado para outras etnias ou aldeias. Vai depender do recurso".

* Jornalista da Adital

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.