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Projeto pela inclusão social

A Crítica (AM) - http://www.acritica.com.br
Autor: Ana Celia Ossame
28 de Mai de 2010

Ufam e MCT firmam convênio que cria Parque Tecnológico cujas ações atingirão 800 comunidades do interior do Estado

Um convênio assinado entre a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) vai proporcionar a criação e implantação do Parque Tecnológico para Inclusão Social: Rede de Pesquisa, Extensão e Inovação Tecnológica, o primeiro do país com o recorte da excelência acadêmica e do compromisso social, conforme afirmativa da reitora da instituição de ensino, professora doutora Márcia Perales Mendes da Silva. Quando estiveram em funcionamento, as ações do parque vão atingir 800 comunidades do interior do Estado, das quais 500 são indígenas. "A Ufam será outra com as atividades do Parque Tecnológico para Inclusão Social", afirmou a reitora.
Social priorizado

Avaliado em R$17,3 milhões obtidos por meio de emenda parlamentar proposta pelo deputado federal Marcelo Serafim (PSB), dinheiro que já está na conta da Ufam, o Parque Tecnológico vai inserir a tecnologia social no corpo de excelência da Ufam, não a deixando como algo periférico ou secundário, disse Márcia, assegurando a importância da busca da excelência acadêmica e do compromisso social na instituição de ensino. Ele será constituído por uma rede para o desenvolvimento de ações integradas de pesquisa e extensão tecnológicas (tecnologias sociais e tecnologias técnicas e socialmente apropriadas) voltadas para a inclusão social do meio urbano e nas comunidades ribeirinhas.
Dessa forma, as comunidade ribeirinhas, inclusive as indígenas, poderão se apropriar de conhecimento tecnológico para a produção e comercialização de produtos advindos da biodiversidade, explica.

Desenvolvimento

No projeto, a Ufam observa que o desenvolvimento sustentável da Amazônia depende mais de uma visão própria dos seus problemas ambientais do que de modelos importados, daí a necessidade de uma visão que respeite a diversidade de seus ecossistemas, socioeconômica e cultural de suas populações e que considere os interesses de populações locais. Um dos aspectos importantes para o desenvolvimento sustentável é o crescimento econômico, fundamental para a melhoria da qualidade de vida da população regional. Nesse aspecto, Márcia Perales explica que o Parque Tecnológico de Inclusão Social vai incorporar a visão de mundo dos indígenas e das populações interioranas tradicionais, sem perder de vista o crescimento econômico. E ainda cuidar de duas dimensões que se destacam pela urgência para a vida das populações indígenas, que são a saúde e a educação.

Com o trabalho em rede, serão propostas ações que resultem em busca do desenvolvimento de estudos sobre a dinâmica sociocultural e política das comunidades ribeirinhas e tradicionais do Estado do Amazonas. A produção do conhecimento, segundo ela, vai dialogar com as comunidades interioranas, implementando uma política institucional de incentivo à inovação, à pesquisa científica e a extensão tecnológica com a viabilidade de capacitação, proteção e da propriedade intelectual e dos saberes das populações tradicionais e a difusão dos conhecimentos produzidos.

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