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Proíbidos de pescar, índios Umutina se revoltam em Barra do Bugres

24 Horas News
Autor: Carlos Lemos
04 de Dez de 2007

Os índios da aldeia Umutina, em Barra do Bugres, estão revoltados com a Sema - Secretaria de Meio Ambiente - e a Polícia Florestal que proibiram os indígenas de pescar devido a piracema. Irritados, os índios fizeram de reféns o delegado da Polícia Civil Marcio Vera e um cabo e um soldado da Polícia Militar e exigem a presença de representantes da Funai para que o problema seja resolvido.

Os indígenas, comandados pela cacique Creuza Soripa Sozinha, alegam que a única forma de sobrevivência da aldeia é a pesca e a plantação de mandioca e que se a proibição for mantida muitos índios, principalmente idosos e crianças vão acabar morrendo de inanição. "Não podemos morrer de fome. As autoridades precisam resolver este problema", disse a cacique Sozinha.

A Polícia Militar, entretanto, diz ter apreendido com os umitinas 400 quilos de pescado que seriam comercializados. "É muito peixe para aldeia. É lógico que iriam vender e isso não podemos aceitar no período da piracema", disse o coronel José Rodrigues, por telefone. Segundo o militar a apreensão aconteceu na localidade de Bauxi. A ação foi na noite de ontem e a movimentação ainda continua na região com a presença até da tropa de choque da PM de Cuiabá.

Os índios que vivem na aldeia Umutina são famosos por em 2004 terem feito protestos exigindo o tombamento do patrimônio arquitetônico de 11 imóveis do local. As casas foram construídas entre os anos de 1943 e 1945 pelo extinto Serviço de Proteção ao Índio (SPI), sob o comando do marechal Cândido Mariano da Silva Rondon. Além das moradias utilizadas pelos índios, algumas das casas abrigam o posto de saúde, salas de aula e posto indígena.

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