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Programação da COP-21 está mantida, afirma governo

OESP, Internacional, p. A18
15 de Nov de 2015

Programação da COP-21 está mantida, afirma governo
Chanceler da França, Laurent Fabius, confirma realização de todos os eventos da cúpula sob segurança reforçada

PARIS

A 21a Conferência do Clima (COP-21), marcada para começar em Paris dentro de duas semanas, manterá toda sua programação com a presença dos principais líderes mundiais, apesar dos ataques terroristas realizados na capital francesa.
"A COP-21 precisa ser mantida. Ela acontecerá com medidas de segurança reforçadas, mas é uma ação absolutamente indispensável contra o descontrole climático e certamente ela ocorrerá", declarou ontem o ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius, em Viena, onde participou de uma reunião sobre a Síria.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disseram que participarão da conferência conforme planejado.
A programação prevê que o evento começará no dia 30, comosdiscursosdemaisde120 doschefesdeestadodos196países participantes. É esperada a presençade20mila40mildelegados e três mil jornalistas.
Os chefes de Estado deverão ser todos recebidos no Quai d'Orsay, sede da diplomacia francesa. Diplomatas de todos os países terão um encontro no local, no dia 17 de novembro, para organizar a visita. A data da reunião foi mantida.
De acordo com a agência France Presse, como prevenção para a realização da COP-21, o governo francês havia reforçado o nível de segurança de Paris horas antes dos ataques que mataram pelo menos 129 pessoas na cidade. O controle das fronteiras recebeu reforço e 30 mil policiais foram mobilizados.
A conferência reunirá as propostas de todos os países para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa, que provocam mudanças do clima global, a fim de chegar a um novo acordo climático capaz de substituir o Protocolo de Kyoto e deter a elevação das temperaturas no planeta.
De acordo com o secretário geral da COP-21, Pierre-Henri Guignard, as condições de realização da conferência após os atentados ainda serão definidas pelo governo francês. "Nós tivemos uma reunião de crise com a nossa equipe no sábado pela manhã, mas é o governo quem decidirá o que será feito", afirmou.
Segundo Guignard, a COP-21 foi abordada já na primeira reunião de crise entre o presidente francês, François Hollande, e o governo. "Vamos implantar o nível máximo de segurança, mas, por razões evidentes, não vamos descrever detalhes desses dispositivos", disse um conselheiro ministerial ao jornal Le Monde. Segundo o conselheiro, as fronteiras não estão fechadas e os delegados de todos os países participantes na COP poderão chegar a Paris.
Guignhard afirmou que as consequências da onda de atentados da sexta-feira serão levadas em conta "muito rapidamente pelo presidente da República e pelo ministro das Relações Exteriores".
"No estado atual, há uma situação de urgência que precisamos enfrentar e, quando for o momento, as autoridades francesas se pronunciarão sobre a COP e sobre como ela deverá ser encarada e organizada nesse contexto", disse Guignard. "Neste momento, o secretariado-geral tem uma equipe estudando as diferentes opções. As decisões políticas virão em alguns dias", afirmou. "Como todo mundo, estamos muito chocados com o que aconteceu e, certamente, vamos nos adaptar", afirmou.
No dia 29, véspera do início da realização da conferência, que tem término previsto para 11 de dezembro, diversas organizações não governamentais planejam uma grande marcha, em Paris, pela luta contra o aquecimento global.
Uma outra marcha está programada para logo depois da conferência,nodia12dedezembro. Os organizadores esperam reunir centenas de milhares de participantes nos dois eventos extraoficiais. /AFP

OESP, 15/11/2015, Internacional, p. A18

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