GM, Rede Gazeta do Brasil, p. B11
16 de Dez de 2003
Programa dá resultado no Nordeste
"Pégaso levou Petrobras a se igualar e mesmo superar gigantes mundiais em segurança, saúde e meio ambiente".
Os investimentos da Petrobras em segurança, meio ambiente e saúde, dão resultados nas áreas de produção de petróleo no Nordeste. Desde o lançamento do Programa de Excelência em Gestão Ambiental (Pégaso), em 2000, já foram aplicados R$ 3,2 bilhões em ações de natureza preventiva no País. Na Transpetro, empresa da Petrobras responsável pelas operações de transporte de óleo e combustíveis, os indicadores de vazamentos e acidentes mostram uma sensível redução em relação aos anos anteriores. Em 2003, a Taxa de Freqüência de Acidentados Com Afastamento (TFCA) baixou de 2,80 (referente a 2002) para 2,35. Em 1995, essa taxa era de 7,37; para 2010, a projeção é de 0,5 " um índice considerado de excelência em gestão de SMS".Segundo o gerente de segurança, meio ambiente e saúde da Transpetro, Adelino Furtado de Mendonça Sobrinho, no Nordeste, os recursos do Pegaso foram direcionados, principalmente, para as áreas de modernização e supervisão automatizada de dutos, centros de defesa ambientais, planos de contingência, tratamento de efluentes, novas tecnologias, confiabilidade de equipamentos e educação ambiental.
"A empresa está igualando, e até mesmo superando, o desempenho ambiental das empresas líderes mundiais do setor, tendo como meta garantir o máximo de confiabilidade e transparência nas operações, produtos e serviços", diz.
O gerente da Transpetro cita como exemplo de iniciativa bem-sucedida na área de meio ambiente o Programa de Educação Ambiental desenvolvido junto às comunidades dos 25 municípios baianos por onde passa o Oleoduto Recôncavo Sul (ORSUB). O ORSUB tem 389 km de extensão e bombeia gasolina, diesel e GLP para as cidades de Itabuna e Jequié, no Recôncavo Sul, de onde são transportados para os consumidores do sul e oeste da Bahia, norte do Espírito Santo e nordeste de Minas Gerais.
Educação ambiental
A Petrobras contratou, através de licitação, a empresa Ambitech Engenharia e Consultoria Ltda para realizar o programa de Educação Ambiental no ORSUB. Até o momento foram qualificados 1173 multiplicadores. Segundo Sérgio Emílio Batista Garcez, técnico da Ambitech, até fevereiro estarão concluídos os trabalhos que vêm sendo realizados nos 25 municípios ao longo do ano de 2003. Ele explica que foram estabelecidos os canais de comunicação entre a comunidade e a empresa, o que deve incentivar o exercício da cidadania. Os multiplicadores, diz ele, terão a missão de orientar a população sobre como colaborar com a conservação dos marcos e placas ou como evitar desmatamentos próximos à faixa do oleoduto.
O estudo de impacto ambiental do sistema de produção, escoamento e tratamento de gás natural do Campo de Manati (Bloco BCAM 40) foi discutido em audiência pública ontem, no município de Jaguaripe (120 quilômetros de Salvador). Concessão operada pela Petrobras, que tem como sócias as empresas brasileiras Queiroz Galvão e Petroserv -, o Campo de Manati foi descoberto em outubro de 2000 através da perfuração do poço 1-BAS-128 e deve entrar em fase de produção em 2005.
Várias reuniões
Nos últimos meses, foram realizadas várias reuniões prévias para discutir os estudos de impacto ambiental tanto em mar como em terra.
De acordo com o gerente geral da Unidade de Negócios de Exploração e Produção da Petrobras, Antônio Rivas, esse campo abre um novo horizonte para a produção baiana de gás natural, que hoje é a segunda maior do Brasil em termos de disponibilização no mercado. "O Campo de Manati poderá produzir por dia cerca de 6 milhões de metros cúbicos de gás e 230 metros cúbicos de condensado", informa.
A Petrobras pretende instalar na região uma plataforma fixa de produção, desabitada, que será posicionada a 10 km do litoral do Município de Cairu, a uma profundidade de 35 metros, para onde fluirá o gás proveniente dos seis poços que serão perfurados nas proximidades. O escoamento da produção de gás do Campo de Manati seguirá desta plataforma através de um gasoduto de 117 km até uma unidade de processamento no Município de São Francisco do Conde, onde o gás será tratado para entrega ao mercado.
kicker: Índice de acidentes tem caído todos os anos na empresa
kicker2: Campanha educativa ao longo de oleoduto da Bahia é exemplo
GM, 16/12/2003, Rede Gazeta do Brasil, p. B11
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