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Professores indígenas são orientados sobre Provinha Brasil

Folha de Boa Vista - www.folhabv.com.br
01 de Jul de 2008

Os professores da educação indígena de Boa Vista estiveram reunidos na manhã desta segunda-feira (30) na escola municipal Aquilino Mota Duarte. Durante o encontro, os educadores fizeram a avaliação do semestre, que encerra na próxima sexta-feira (4) e foram orientados sobre a aplicação da Provinha Brasil nas comunidades.

Até sexta-feira, 25 alunos das comunidades indígenas serão submetidos à prova, que vai medir o nível de alfabetização das crianças matriculadas no segundo ano do Ensino Fundamental. A avaliação é um instrumento criado pelo Ministério da Educação e Cultura.

Os resultados da Provinha Brasil serão encaminhados às escolas. A proposta é fazer um planejamento pelas equipes pedagógicas buscando sanar as possíveis necessidades dos alunos. A meta do Ministério da Educação é garantir que todas as crianças cheguem à 4ª série do ensino fundamental com domínio da leitura e da escrita.

Segundo Cristiana Vicente, coordenadora da Educação Indígena Municipal, o resultado da prova nas comunidades indígenas não vai contar pontos para o ranking do Ideb. É o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica que avalia a qualidade de ensino no Brasil.

Na educação indígena, o exame será utilizado como instrumento para avaliar o nível de aprendizagem dos alunos, o que vai ajudar os professores a definir estratégias de trabalho para melhorar os pontos deficientes.

Professora de educação infantil há três anos na comunidade indígena Ilha, Cilena Andréa Moraes, 38 anos, comentou sobre a importância da Provinha Brasil. \"Dessa forma, poderemos avaliar até onde nossa metodologia está funcionando de fato, é nossa oportunidade de ver acertos e falhas\", declarou.

Reuniões

Todos os meses os professores participam de palestras de formação continuada e são orientados sobre a melhor forma de trabalhar com as crianças. Dessa vez, os 30 professores fizeram uma avaliação do último semestre e o planejamento das ações que serão desenvolvidas no próximo.

A educadora Cilena Moraes ressalta o valor dos encontros mensais organizados pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura, com os professores das comunidades indígenas. \"As reuniões são muito importantes, abrem nossa mente e nos ensinam a trabalhar com as crianças de forma diferenciada\", disse.
Antônio Cícero, 40 anos, é professor da Educação de Jovens e Adultos (Eja) na comunidade Vista Alegre desde abril deste ano e fala sobre o prazer de ensinar. \"Essas reuniões nos ajudam e dão idéias para o planejamento das nossas aulas. Um orgulho que tenho é dar aula para minha mãe de 55 anos que, como outros alunos, até o início deste ano não sabia escrever o próprio nome e hoje já sabe todo o alfabeto\", relatou

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