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22 de Nov de 2014
Na manhã deste sábado, 22, o governador Camilo Capiberibe cumpriu agenda no município de Pedra Branca do Amapari, onde entregou 120 kits do Programa de Desenvolvimento da Produção Extrativista no Amapá (Proextrativismo) a integrantes da Cooperativa de Produtores Agroextrativistas do Oeste Amapaense (Coopetral).
"Estamos ajudando o produtor a caminhar com suas próprias pernas e, ao mesmo tempo, dando as orientações necessárias para que eles entendam a importância de cada um dentro do processo de desenvolvimento do Amapá. Proextrativismo não só preserva o meio ambiente, mas prepara para o futuro de quem vive na floresta", sublinhou Camilo Capiberibe.
O presidente da Coopetral, Raimundo Apóstolo Santana, destacou que o governador está deixando sementes que precisam ser cultivadas pelos gestores que virão. "Essas políticas que valorizam o homem do campo não podem mais ser interrompidas. Elas pertencem ao povo do Amapá e nós vamos cobrar isso dos gestores que virão", reforçou.
A diretora do Instituto Estadual de Florestas, Ana Euler, informou que o programa vai além de doação de kits, que as etapas seguintes consistem em avaliar o potencial da floresta para que as famílias que ali vivem possam acessar os ativos ambientais.
"Precisamos ter as compensações dos organismos nacionais e internacionais, a exemplo do que já ocorre no Estado do Acre, pela manutenção da floresta em pé. Quem cuida do meio ambiente merece reconhecimento e o Governo do Amapá está trabalhando junto com os extrativistas para tornar esse reconhecimento em renda financeira", explicou Ana Euler.
Camilo Capiberibe encerrou a agenda em Pedra Branca garantindo que, até o dia 31 de dezembro, continuará os programas criados em seu governo, bem como inaugurando obras. "A partir a de 2015, minha missão é fiscalizar a continuidade dessas políticas públicas porque elas não pertencem a mim, mas sim ao povo do Amapá".
O programa
Lançado em julho de 2012, o objetivo do programa é fomentar e desenvolver as cadeias produtivas do açaí, da castanha-do-brasil, do cipó-titica e da madeira. Os benefícios para extrativistas que trabalham com esses produtos vão desde o aporte financeiro para promover o manejo no processo de extração, licenciamento ambiental, assistência técnica para a melhoria na qualidade do produto a ser comercializado até as compensações ambientais.
O apoio
Produtores de madeira terão um incentivo de R$ 3,5 mil. Os que trabalham com açaí e com a castanha-do-brasil serão beneficiados com R$ 1,5 mil. E extrativistas do cipó-titica receberão R$ 1 mil. Os recursos são do Fundo de Desenvolvimento Rural do Amapá (Frap).
O kit
O kit contém mais de 20 itens fundamentais para o manejo de açaizais, como Equipamento de Proteção Individual (EPI), botas, luvas, capacetes, lonas, facão e rancho (suplementos alimentares de apoio aos extrativistas durante os dias em campo).
Não reembolsável
Os recursos do Frap concedidos aos agricultores beneficiados pelo programa são de fomento, ou seja, não precisam retornar aos cofres do Estado de outra forma que não seja em produção.
Compensação ambiental
A segunda fase do Proextrativismo compreende linhas de crédito específicas, com recursos mais robustos, para os beneficiados que cumprirem com as orientações da primeira etapa. Essas linhas de crédito são destinadas a pagamento por serviços ambientais que serão amortizadas.
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