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Problemas fundiários não atrapalham desenvolvimento

Brasil Norte-Boa Vista-RR
24 de Mar de 2004

No órgão que define as áreas de investimento, Comissão de Terras da Guiana (espécie de Incra), os deputados puderam observar que há problemas fundiários semelhantes aos de Roraima, derivados das questões indígenas. Ocorre que não são complicados como os vividos aqui, porque a maioria das etnias indígenas resiste a um processo de demarcação de suas áreas, como ocorre em Roraima.
Há áreas disponíveis para projetos na agroindústria nas áreas compreendidas de Número-9, Rupunini e Savanas Intermediárias. O governo da Guiana faz cessão das áreas para plantio e criação de gado e ovinos em regimes seguros com contratos iniciais de 50 anos.
O chefe do escritório L. Rutheford fez uma apresentação de mapas e ficou feliz com a presença de brasileiros. "Vocês chegaram em boa hora", declarou após sua conferência sobre regiões e regimes disponíveis para a consolidação de parcerias. A Guiana prefere sociedade com organizações do que com particulares, ou seja, com um só indivíduo.
Outro ponto positivo que possibilita investimentos na agroindústria é que a Guiana não tem áreas de preservação. Até a questão das demarcações está sendo planejada, havendo com determinado cuidado, envolvendo vários grupos étnicos, sociedade civil organizada, setor produtivo e organismos internacionais.

Mas não há risco como no Brasil. São 70 comunidades indígenas incluídas no programa, mas a maioria não aceita a demarcação porque teme uma esterilização radical a ponto de exterminá-la, se houver distanciamento das relações com os brancos.
A Comissão informou ainda que o governo da Guiana planeja a abertura de uma Zona de Livre Comércio, em Lethen, para facilitar as operações de negócios com os brasileiros e possibilitar o desenvolvimento das duas fronteiras.

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