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Primeiro leilão de hidrovias deve ser realizado no próximo ano

OESP, Economia, p. B3
09 de Mai de 2013

Primeiro leilão de hidrovias deve ser realizado no próximo ano
Trecho que liga Palmas a Belém, no rio Tocantins, deve ser o primeiro a passar para a iniciativa privada

MÔNICA CIARELLI / RIO - O Estado de S.Paulo

O presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, informou ontem que o primeiro leilão de hidrovias no Brasil deve ocorrer em 2014. Mas deixou claro que esse cronograma ainda depende da aprovação do governo.
A ideia é licitar primeiro a hidrovia de Tocantins, que ligará Palmas (TO) a Belém (PA). "Estamos pretendendo concluir os estudos técnicos e a modelagem em setembro", disse Figueiredo, que participou, no Rio, do 24.o Congresso Brasileiro do Aço.
Segundo o presidente da EPL, o governo deve adotar um modelo de concessão administrativa. A novidade é que o edital não deve prever a cobrança de tarifas pelo uso da hidrovia. Por essa estrutura, o governo arcaria com o custo da prestação do serviço pela administração da concessão.
No dia anterior, Figueiredo havia revelado que o governo já começa a analisar ações para fortalecer o modelo de cabotagem do País. Ele argumentou que o fortalecimento da cabotagem é fundamental, já que o Brasil tem 70% de seu Produto Interno Bruto (PIB) concentrado na faixa litorânea.
"Já existe um início de discussão. Começamos a conversar na Fiesp sobre o assunto e formamos um grupo para fazer essa discussão. Precisamos revitalizar a cabotagem no País", informou. Entre as reivindicações dos operadores estão a redução dos tributos e do custo.
Aeroportos. Figueiredo informou também que o governo estuda um modelo de concessão de aeroportos regionais que isenta a cobrança de tarifa de embarque ao usuário.
A EPL, segundo ele, já está em conversas com governos municipais e estaduais. "O governo de Minas Gerais já apresentou algumas propostas", afirmou. O estudo abrange cerca de 400 aeroportos regionais.
Segundo Figueiredo, o modelo funciona como um financiamento ao projeto do governo, que não terá de desembolsar integralmente o valor do investimento para a construção do aeroporto.
Com o modelo, o governo pretende facilitar o maior uso da malha aeroportuária no País. "Queremos facilitar o deslocamento, por isso, vamos bancar esse custo", disse. E completou: "Vai ficar caro para alguém. Ou o usuário vai pagar ou o governo vai pagar".

OESP, 09/05/2013, Economia, p. B3

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