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Primeira turma de Licenciatura Intercultural Indígena se forma na Universidade Federal de Santa Catarina

Fundação Nacional do Índio - Funai - www.funai.gov.br
15 de Abr de 2015

palco das comemorações pela conquista do nível superior da primeira turma do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica da Universidade Federal de Santa Catarina, formada por acadêmicos dos povos Guarani, Kaingang e Laklãnõ/Xoklehg, que ocorreram no último dia 08 de abril, foi o Centro de Cultura e Eventos da Universidade Federal de Santa Catarina.

Na plateia, com olhos atentos e largos sorrisos, parentes, como eles próprios se chamam entre os familiares, amigos e pessoas que apoiaram e torceram por este momento, como professores, orientadores e servidores da Funai.

Ali no meio de 85 formandos, histórias de vidas, de jovens, adultos, indígenas mais velhos e até uma bisavó, que acreditam que o curso em Licenciatura Intercultural proporcionou a oportunidade de trabalhar conteúdos educacionais inerentes à suas culturas, comparados aos da sociedade não indígena, sendo a formatura um marco para atuação docente reconhecida institucionalmente.

Foram quatro anos de muita determinação e garra, com um dos menores índices de evasão escolar dentre todos os cursos ministrados na UFSC, dizia a reitora Roselane Neckel, em conversa com o presidente da Funai, Flávio Chiarelli, o coordenador da Coordenação Regional Litoral Sul, João Maurício e a Coordenadora Geral de Promoção dos Direitos Sociais, Patrícia Chagas Neves. Para a reitora os alunos não indígenas aprenderam muito com a presença dos indígenas no campus da Universidade, " não é mais possível pensar a UFSC sem a comunidade indígena ".

O Curso de Graduação em Licenciaturas dos povos Indígenas do Sul da Mata Atlântica - Guarani, Kaingáng e Laklãnõ/Xokleng do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da universidade Federal de Santa Catarina, foi criado em abril de 2010, com as primeiras turmas como projeto experimental, iniciando em fevereiro de 2011. Com enforque nos territórios indígenas: questões fundiárias e ambiental no Bioma Mata Atlântica.

Os 85 formados passam a ser habilitados em licenciatura para a docência na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental das escolas indígenas; licenciatura das Linguagens com ênfase nas línguas indígenas; licenciatura em humanidades com ênfase em direitos indígenas e licenciatura do conhecimento ambiental com ênfase em gestão ambiental.

No total foram mais de 3.400 horas aula, divididas em quatro anos, em regime presencial especial, acontecendo com etapas concentradas, desenvolvido na Pedagogia da Alternância, com um tempo na Universidade, um tempo na comunidade, incluindo atividades de campo, conversas e muito aprendizado com os especialistas nos conhecimentos tradicionais indígenas. Durante os oito semestres os alunos participaram de atividades artístico-culturais e de viagens de estudo para visitas a museus, sítios arqueológicos, institutos de pesquisas, arquivos públicos, bibliotecas e laboratórios.

Nesse sentido, o apoio da Funai custeando deslocamentos dos discentes aos módulos presenciais e tempo aldeia foi de grande importância, uma vez que as fases de trabalhos em suas aldeias são essenciais para que a efetiva interculturalidade se estabelecesse durante toda a formação.

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