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Presos integrantes de associação que comercializavam Floresta Nacional

Diário da Amazônia-Porto Velho-RO
15 de Abr de 2005

Denúncias de comercialização e aliciamento de invasores na Floresta Nacional de Bom Futuro culminaram na prisão de 25 pessoas. Todas foram conduzidas a Delegacia da Polícia Federal em Porto Velho, onde prestaram esclarecimentos sobre a invasão, que acontecia a 70 quilômetros de Porto Velho. A operação descobriu a ação de uma Associação, localizada no bairro JK, na Capital, que aliciava pessoas a invadirem a Unidade de Conservação Federal, que possui 280 mil hectares.

A invasão começou a ser desmantelada na terça-feira, quando uma força-tarefa, composta por 29 homens, entre agentes da Polícia Federal, Batalhão Ambiental e fiscais do IBAMA chegaram no interior da reserva. Nos dois dias em que a operação foi realizada, invasores foram flagrados demarcando e realizando derrubadas onde seriam instaladas as suas propriedades. Outros estavam vistoriando a área para escolher o lote que iriam ocupar. O presidente da Associação, José Maria Freire, e seu irmão, Elissandro Rocha Freire, foram presos em flagrante por estelionato, usurpação de terras públicas da União e dano ambiental, sendo encaminhados ao Presídio Urso Branco. Outros seis conduzidos foram presos por dano ambiental em unidade de conservação e ocupação de terra pública da União.

O coordenador do setor de fiscalização do IBAMA, para a Floresta Nacional de Bom Futuro, Fernando Tristão, disse que esta não é a primeira vez que denúncias de exploração da Floresta Nacional de Bom Futuro chegam ao IBAMA. "Temos que alertar as pessoas sobre os perigos que elas correm. A Flona do Bom Futuro pertence à União e não pode ser invadida sob qualquer hipótese, sendo que as pessoas envolvidas podem ser presas", explica. Homens do Batalhão Ambiental permanecem na área para coibir e identificar novas invasões. A extensão da Floresta de Bom Futuro é imensa e fica entre os municípios de Porto Velho e Buritis, chegando a atingir os municípios de Candeias do Jamari, Alto Paraíso e Ariquemes. "Vamos intensificar as investigações para identificar a exploração da área em outras localidades", resume o responsável pela fiscalização na Flona.
(-Diário da Amazônia-Porto Velho-RO-15/04/05)

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