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Presidente da Funai recua sob pressão de parlamentares

Jornal Pequeno
14 de Jun de 2007

Depois de adiar a reunião articulada pelo deputado federal Carlos Brandão (PSDB-MA) para uma hora depois do agendado, às 16 horas, com a justificativa de ter sido convocado pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, o presidente da Funai, Márcio Meira, deixou na sala de espera a bancada federal e estadual do Maranhão. Depois de reclamações, os parlamentares foram recebidos pelo coordenador de Estudos e Pesquisa do órgão, Cláudio Romero.

Segundo ele, Meira foi também convocado pela Casa Civil com urgência para tratar de outro conflito indígena. "Estamos acompanhando cada passo dos acontecimentos em Barra do Corda. Acontece que lá já virou caso de desobediência civil. A população não pode mais ficar à mercê de um ato de bandidismo", disse o coordenador da Funai, referindo-se à manifestação indígena que acontece na BR-226.

Compareceram, além de Brandão, os deputados federais Sebastião Madeira (PSDB) e Professor Sétimo (PMDB). Os deputados estaduais Rigo Telles (PSDB), Antônio Pereira (DEM) e Rubens Pereira Júnior (PRTB) representaram a Comissão de Direitos Humanos Assembléia Legislativa do Estado. "Eu não saio daqui sem ser recebido pelo presidente da Funai. Nossa população está isolada e os caminhoneiros impedidos de levar até mantimentos. Não existe nenhum conflito mais importante que esse ocorrendo no país", disse o deputado Carlos Brandão.

Rigo Telles foi enfático ao dizer que ligaria para as lideranças de Barra do Corda para informar que o presidente da Funai não queria receber a bancada maranhense. "Avisei à todos que estaria hoje com o Meira para resolver a questão. Já fiz uma indicação responsabilizando o presidente da Funai e o ministro da Justiça caso aconteça uma tragédia naquela região", esbravejou Telles.

Depois de toda movimentação entre Ministério da Justiça e Palácio do Planalto, uma nova audiência com Márcio Meira foi marcada para às nove horas de hoje (14/06), com todos os deputados maranhenses. Os parlamentares estão irredutíveis e avisaram que não voltarão para o Maranhão sem uma resposta oficial do Governo Federal.

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