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Presidente Chirac reitera apoio pessoal ao cacique Raoni

Site Terra
07 de Jun de 2001

O presidente francês Jacques Chirac reiterou esta quinta-feira seu apoio pessoal ao cacique brasileiro Raoni, da tribo amazônica Kayapó, que foi a Paris para apresentar-lhe o estudo de factibilidade de um projeto de instituto na selva amazônica. Raoni, segundo informou o palácio presidencial do Eliseu, agradeceu calorosamente ao presidente da República por suas intervenções ante seus associados do G7 e da União Européia em favor deste "projeto importante para a preservação da selva amazônica".O chefe do Estado, que defendeu a causa do cacique durante o encontro de cúpula dos sete países mais industrializados em Okinawa em 2000, prometeu-lhe falar de novo na reunião de Gênova em julho e "manter-se em contato com o presidente do Brasil a respeito". "Quando acontece o aquecimento climático e a devastação florestal, a selva brasileira é um tesouro para a humanidade. Os índios, que são seus guardiães naturais, devem ser respeitados e ajudados para que permaneçam ali", declarou Jacques Chirac, citado por assessores.Com um cocar de plumas e o lábio inferior preso por um disco vermelho, sinal de honra dos guerreiros de sua tribo, Raoni informou à imprensa ao término de seu encontro com o presidente Chirac que seu projeto está "tecnicamente pronto para ser iniciado". O cacique brasileiro, que se reuniu com Chirac pela terceira vez desde 1989, faz um giro pela Europa para solicitar financiamento para seu instituto, previsto para o interior da reserva da tribo Kayapó, local protegido dentro da selva amazônica.O estudo de factibilidade do Instituto Raoni foi financiado por recursos públicos franceses e deve ser apresentado esta quarta-feira à tarde em Paris durante uma mesa-redonda organizada pelo Ministério de Relações Exteriores, na presença de representantes do Banco Mundial, do Fundo da ONU para o Desenvolvimento (PNUD) e da União Européia. O cacique, famoso por seu combate em favor da proteção da mata vírgem e das populações indígenas do Brasil, veio pela primeira vez a Paris em 1989. Na oportunidade foi recebido pelo presidente François Mitterrand e por Jacques Chirac, então prefeito de Paris.

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