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Povos indígenas do Sul têm conferência para discutir suas necessidades

Radiobrás-Brasília-DF
Autor: Ivan Richard
06 de Jun de 2005

O próprio índio mostrará o caminho para a melhor política indigenista. De acordo com coordenador de Defesa dos Direitos Indígenas da Fundação Nacional do Índio (Funai), Vilmar Guarani, esse é o foco da Conferência Regional dos Povos Indígenas do Sul, que começa hoje e vai até sexta-feira, em Florianópolis. O encontro será todo comandado pelos índios. "É a primeira vez que eles são consultados e poderão expor suas verdadeiras necessidades", revelou Guarani.

Ele lembrou que, até hoje, todas as políticas criadas para os índios vinham de "cima para baixo". Ele disse que o Estatuto do Índio, criado em 1973, por exemplo, não teve a participação dos índios. "É importante que eles participem do diálogo. Dessas conferências, nós criaremos um conselho de política indigenista que atue em favor dos índios junto ao governo". disse.

Durante o encontro, os representantes das etnias guarani, kaingang, xokleng e xetá - do Sul do país - apresentarão seus problemas e poderão indicar a melhor maneira de solucioná-los. "Em 500 anos de história, estávamos excluídos e agora seremos ouvidos", comemorou a representante kaingang, Brasília Freitas. Ela ressaltou que "cada etnia tem sua necessidade e é preciso avaliar o que é mais viável para cada tribo".

Essa é a terceira conferência regional. As outras duas se realizaram em Maceió (AL), em dezembro 2004, e em Campo Grande (MS), com a participação de cerca de 60 mil índios. Estão programados dez encontros em várias regiões do país até o fim deste ano.

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