VOLTAR

Povos indígenas da Bacia do São Francisco estão reunidos em Petrolândia

Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco - http://cbhsaofrancisco.org.br
22 de Set de 2012

Com a dança ritual do toré, teve início hoje (22.9) pela manhã em Petrolândia (PE) o II Seminário dos Povos Indígenas da Bacia do Rio São Francisco. Lideranças de etnias de Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais discutem questões de interesse comum, a exemplo de políticas públicas, direito ambiental, demarcação de terras, impactos das barragens sobre o rio, perspectiva de implantação de usinas nucleares na bacia e implantação de projetos de recuperação hidroambiental.

Homens e mulheres, jovens, adultos e idosos acompanham palestras e participam das discussões na área livre do hotel Pontal do Lago, localizado às margens do reservatório da Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga (antes denominada Usina de Itaparica), diante das serras onde vivem os índios Pankararu, que no final da década de 1980 tiveram as terras inundadas pelas águas do reservatório da Chesf.

O seminário é promovido pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco - CBHSF, com o apoio da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo - Apoinme.

O representante da Fundação Nacional do Índio - Funai, Clênio Eduardo da Silva, falou aos participantes sobre Direito Ambiental, explicando a lógica que norteia esse direito: fazer uso dos recursos naturais hoje, de maneira a garantir a sua permanência no futuro. Esclareceu ainda sobre o princípio do poluidor-pagador, que obriga à reparação e à prevenção dos danos ambientais, e sobre o princípio da participação, que possibilita à sociedade influenciar nas decisões e politicas públicas relativas ao meio ambiente.

Na ocasião, foi apresentado o projeto Gestão Ambiental e Territorial Indígena-Gati, desenvolvido pelo movimento indígena, Funai e Ministério do Meio Ambiente, com o apoio de organismos internacionais, para promover a recuperação de áreas degradadas e incentivar boas práticas agroecológicas. Dentre as 32 terras indígenas onde o projeto está sendo implantado, se incluem duas na bacia do São Francisco, os territórios dos Xocós, em Sergipe e Alagoas, e dos Pankararu, em Pernambuco.

http://cbhsaofrancisco.org.br/sala-de-imprensa/noticias/povos-indigenas…

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.