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Povos da Bolívia e Brasil se unem em defesa do Rio Madeira

Adital
15 de Fev de 2007

Representantes de povos e comunidades da Amazônia da Bolívia e do Brasil se UNEM contra as conseqüências do projeto do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira. As duas partes criaram o Movimento Social em Defesa da Bacia do Rio Madeira e da Região Amazônica e pedem, em documento, aos presidentes Evo Morales e Luis Inácio Lula da Silva, que assumam ações que evitem a destruição do rio, ameaçado pela construção de represas.

Segundo afirmam, os impactos gerados com a construção das represas de Santo Antônio e Jirau incluem a inundação de extensos territórios dos quais as populações sobrevivem realizando atividades de uso sustentável como a coleta da castanha do bosque amazônico, a pesca, a agricultura por estação nas margens do rio; do mesmo modo, incluem o aumento da incidência de doenças como a malária, o paludismo, dengue, dengue hemorrágica, etc., o desaparecimento de espécies, a extinção da pesca comercial, o deslocamento de povoados situados nos territórios inundados.

"Somos conhecedores de que as duas represas incentivadas pelo governo do Brasil, em parceria com as empresas Fumas e Odebrecht, sem levar em consideração os habitantes das margens do rio, afogarão nossas expectativas e sonhos de desenvolvimento, ao submergir as possibilidades de instalar fontes de energia acessíveis a nossas possibilidades e demandas, como são as pequenas centrais hidrelétricas definidas como solução para nossas necessidades energéticas", afirmam.

Para as comunidades, as obras projetadas foram desenhadas unicamente para satisfazer aos interesses lucrativos dos grandes produtores de soja vinculados ao interesse transnacional que desmatam a Amazônia.

Entre as várias demandas, o Movimento Social em Defesa da Bacia do Rio Madeira e da Região Amazônica pede aos presidentes que deixem sem efeito o processo de aprovação da licença ambiental e, assim, desistam da construção das represas sobre o rio Madeira.

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