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19 de Mai de 2011
O povo Awá Guajá no Maranhão vem sofrendo inúmeros ataques. Primeiro o contato recente, depois a invasão de suas terras e as ameaças constantes aos grupos que ainda se encontram livres, autônomos no seio da Amazônia Maranhense.
Foi descoberto pela Polícia Federal, FUNAI e Ministério Público um criminoso esquema de venda de lotes para pequenos agricultores no interior da Terra Indígena Awá, no noroeste do Maranhão.
De acordo com informações do Ministério Público Federal do Maranhão, foi proposto pelo órgão uma ação civil pública para impedir o crime de venda dessas terras. A negociata era praticada nas proximidades do município de São João do Caru. A Justiça Federal acolheu o pedido de liminar feito pelo MPF e determinou que seja cessada a venda de lotes no interior da Terra Indígena.
De acordo com Sonia Guajajara, vice coordenadora da COIAB, é importante que sejam feitos esses trabalhos de fiscalização dentro das Terra Indígenas. "O povo Awá precisa de paz em seus territórios, pois vivem acossados pela pressão da sociedade não indígena. Uma Terra livre de invasores é uma condição prioritária para os povos indígenas viverem dignamente", afirmou a liderança.
A Portaria n 373/92 do Ministério da Justiça, demarcou uma área de 118 mil hectares para o povo Awá Guajá. Entretanto, nunca foi desintrusada em virtude de interesses econômicos e políticos na região, que contestam o direito dos Awá sobre aquele Território.
A Ong Survival divulgou no início do ano um relatório da FUNAI feito em agosto de 2010 que revela a destruição da Amazônia Maranhense, aonde mais de 30% de território indígena é devastado por madeireiros e criadores de gado, ocasionando uma grande tragédia ao povo Awá Guajá.
N do processo para consulta no site da Justiça Federal
(http://www.jfma.jus.br/): 2011.4.01.3700.7782-65
http://www.coiab.com.br/coiab.php?dest=show&back=index&id=726&tipo=N
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