O Globo, O País, p. 5
30 de Dez de 2003
População se concentra junto aos rios e ao mar
No primeiro Atlas do Censo, IBGE cruza os dados sobre demografia e recursos hídricos
Cruzamentos dos dados sobre densidade populacional com o desenho das principais bacias hidrográficas do Brasil mostram que a costa do Nordeste e do Sudeste e a bacia do Rio Paraná são os mais importantes núcleos habitacionais do país. A conclusão foi divulgada ontem no lançamento do "Atlas do Censo Demográficod, uma publicação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que reúne em mapas, gráficos, tabelas, fotografias e imagens de satélite os dados do Censo 2000. A informação é importante num momento em que a água vai se tornando bem escasso mundialmente.
- O mapa revela que a pressão sobre os recursos hídricos é desigual - disse o geógrafo Cláudio Stenner, do IBGE.
Pela primeira vez os dados do Censo foram reunidos numa publicação como o Atlas. Ele traz comparações entre Brasil e demais nações - revela que o país é o quinto mais populoso do mundo, mas o 153o em densidade populacional - e o mapeamento da distribuição da população.
- O Atlas foi feito para o público em geral - disse Stenner. - É um marco na história dos censos e é um instrumento para otimização dos investimentos públicos e privados.
Dividido em cinco capítulos (o Brasil e a população no mundo; estrutura territorial e demográfica; mobilidade espacial e urbanização; e perfil social e econômico), o Atlas conclui a série de publicações sobre o Censo 2000.
Niterói tem maior população no ensino privado
No tópico da migração os Estados Unidos aparecem como o país com maior número de brasileiros, 800 mil, seguido do Paraguai, com 460 mil. No perfil social, o município de Niterói é o único a ter mais da metade da população em idade escolar (51,4%) da alfabetização à universidade, estudando em instituições particulares. Segundo o IBGE, o fato não tem causa específica.
O Atlas custa R$ 45 e está à venda nas lojas do IBGE. A tiragem inicial é de cinco mil exemplares.
O Globo, 30/12/2003, O País, p. 5
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