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08 de Mai de 2017
Centenas de pessoas se reuniram no município de Aripuanã, no último final de semana, para debater sobre o asfaltamento da BR 174, principal eixo de escoamento de grãos, gado e madeira da Região Noroeste de Mato Grosso que engloba cidades como Colniza, Aripuanã, Juína, Brasnorte, Cotriguaçu, Castanheira e Juruena.
Revoltada, a população externou insatisfação com o governo do Estado pelo descaso e abandono da região, bem como pela ingerência com relação ao asfaltamento desta BR, cuja licitação e acompanhamento da obra são de responsabilidade do estado, depois de um convênio firmado com o governo Federal.
Depois de mais de anos do convênio firmado com o governo federal, a obra ainda não saiu do papel e sequer teve início. O último entrave é que o governo do estado não previu no orçamento, nem mandou confeccionar o estado de impacto indígena, essencial para o início da obra, uma vez que na região encontram-se diversas etnias e aldeias.
"Ou esse governo faz de má fé por não dar o mínimo para essa causa, ou prova aquilo que eu sempre disse: o governador não conhece nosso estado e as demandas dos municípios. O fato de não prever esse estudo indígena prova o total desconhecimento dele sobre a realidade das regiões. O descaso desse governo é tanto como a nossa região, que sequer teve a capacidade de mandar um representante sequer para debater conosco", disse a deputada estadual Janaina Riva ao ouvir atentamente o desabafo dos prefeitos, vereadores, lideranças e representantes indígenas que foram ao local debater sobre o asfaltamento.
A deputada se comprometeu a reunir os 10 deputados estaduais nesta terça-feira (09.05), cujas bases eleitorais estão localizadas nas regiões norte e noroeste de Mato Grosso, no sentido de pressionar o governo a assinar o aditivo de R$ 7 milhões para garantir a confecção do estudo indígena.
"A população desses municípios ajudou a eleger ao menos 10 deputados. Cobrem os deputados de vocês uma atitude de defesa dos interesses da região. Mesmo que sejam deputados da base governista eu vou fazer a minha parte e pedir que não votem nada do governo até que esse aditivo seja assinado", asseverou.
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