O Globo, Rio, p. 15
29 de Nov de 2010
Poluição no Rio Paraíba do Sul se dispersa e captação é normalizada
CSN informa que vazaram apenas 40 mil litros de resíduos, e não 2 milhões
Dicler de Mello e Souza e Aloysio Balbi
Volta Redonda e Campos. A poluição no Rio Paraíba causada por um vazamento de resíduos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) se dispersou e, segundo a secretária estadual do Meio Ambiente, Marilene Ramos, a captação de água na Elevatória Santa Cecília, em Barra do Piraí - onde é feita a transposição da água para o Rio Guandu, que abastece 80% da Região Metropolitana do Rio - foram normalizadas no início da manhã de ontem. Segundo a assessoria da CSN, vazaram na manhã de sábado apenas 40 mil litros de resíduos de minério de ferro e de carvão, e não os dois milhões divulgados pelo Instituto estadual do Ambiente (Inea). O órgão ambiental depende da conclusão de um relatório, a ser entregue na quarta-feira, para decidir o valor da multa a ser aplicada à CSN e uma possível intervenção na empresa.
O vazamento ocorrido na manhã de sábado foi causado por uma fissura no tanque de decantação da Estação de Tratamento de Efluentes do Alto Forno 2 na Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda.
Técnicos do Inea passaram todo o dia de ontem monitorando os trabalhos dos engenheiros da CSN no local do vazamento. Em Volta Redonda, a captação não chegou a ser suspensa porque o emissário principal por onde houve o vazamento fica localizado após a Estação de Tratamento de Água.
Já nas cidades do Noroeste e Norte Fluminense a preocupação não se deve ao vazamento, mas ao aumento do volume de água dos rios Muriaé e Paraíba do Sul, provocado por chuvas em afluentes do rio em Minas Gerais e São Paulo. Em Itaperuna, Laje do Muriaé, Italva e Cardoso Moreira, o Muriaé chegou a subir dois meses no sábado, assustando a população, mas não chegou a transbordar.
O Globo, 29/11/2010, Rio, p. 15
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