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Polícia prende quatro por ato de vandalismo em Jirau

OESP, Economia, p. B8
10 de Abr de 2012

Polícia prende quatro por ato de vandalismo em Jirau

NILTON SALINA, ESPECIAL PARA O ESTADO, PORTO VELHO

A Polícia Civil de Rondônia prendeu os quatro acusados de liderar os atos de vandalismo na Usina Jirau na madrugada do último dia 3, quando milhares de trabalhadores foram aterrorizados e foram incendiados 37 alojamentos da empresa Camargo Corrêa e mais dois da Enesa Engenharia.
Foram cumpridos ao todo 24 mandados de prisão preventiva e de busca nos pertences dos suspeitos.
A operação foi denominada Vulcano e envolveu 30 agentes e oito delegados.
Os policiais conseguiram que fosse decretada a prisão preventiva dos acusados alegando que os envolvidos são de outros Estados, sem vínculo com Porto Velho.
Eles residiam nos alojamentos que foram destruídos e poderiam ir embora quando se vissem envolvidos na investigação, o que atrapalharia a investigação.
A paralisação na Usina Jirau começou no dia 9 de março, quando os trabalhadores se rebelaram por falta de acordo nas negociações salariais.
A greve foi considerada ilegal e abusiva pelo Tribunal Regional do Trabalho, que autorizou a demissão de funcionários que comprovadamente participassem de atos de vandalismo, que aterrorizassem colegas ou que os impedissem de ter acesso ao canteiro de obras.
A greve terminou na manhã do dia 3 de abril, quando os funcionários aceitaram a proposta dos consórcios construtores: reajuste salarial de 7% para quem recebe até R$ 1,5 mil e 5% para quem tem salário superior a esse valor.
Calmaria. Desde a chegada de mais 120 homens da Força Nacional de Segurança na última semana, o clima na Usina Jirau é de tranquilidade. Os policiais se juntaram aos 103 que já estavam em Rondônia.
A juíza federal do Trabalho Maria Rafaela de Castro inspecionou a hidrelétrica no último sábado e, ontem, a Justiça do Trabalho divulgou nota informando que não há nada que possa comprometer a continuidade da obra.
A juíza Maria Rafaela citou em seu relatório ter percebido que os trabalhadores estavam calmos e demonstrando interesse em prosseguir suas atividades. Ela considerou também, no seu relatório, que o refeitório, a área de vivência e também os alojamentos localizados no canteiro de obras estavam em condições de continuar em pleno funcionamento.
A construção da Usina Jirau foi retomada na sexta-feira.

OESP, 10/04/2012, Economia, p. B8

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