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Autor: Marcelo Becker
26 de Jun de 2008
A Polícia Ambiental investiga o funcionamento de uma carvoaria no interior do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, em Imaruí, no Sul do Estado. O crime ambiental foi descoberto na terça-feira, 24, após denúncias de que haveria um desmatamento na área de proteção ambiental.
De acordo com o comandante da corporação, capitão Jefer Francisco Fernandes, a carvoaria foi encontrada na localidade de Laranjal, distante mais de 40 quilômetros da SC-437, principal via de acesso a Imaruí. A área desmatada tem cerca de um hectare (pouco mais do que um campo de futebol) de dimensão e fica perto da encosta de um morro.
Os policiais constataram o corte de madeiras nobres como canela, peroba e cedro, possivelmente utilizadas em madeireiras.
- As melhores foram levadas e as que não poderiam ser utilizadas nas serrarias também foram aproveitadas e viravam carvão - disse Fernandes.
Cinco fornos de alvenaria para a produção do carvão vegetal foram encontrados na área desmatada. Pelas características do local e do estrago feito na Mata Atlântica, os policiais acreditam que o crime ambiental estivesse sendo praticado havia poucas semanas.
Ninguém estava no local no momento da chegada da Polícia Ambiental e a investigação inicial esbarrou na "lei do silêncio". Moradores das comunidades mais próximas disseram desconhecer o funcionamento da carvoaria ou a passagem de caminhões para o transporte das árvores cortadas.
*Lei prevê apenas dois anos de cadeia*
O comandante Jefer informou que uma equipe permanecerá na região nos próximos dias para buscar pistas e tentar descobrir os responsáveis pela carvoaria. Segundo o artigo 45 da Lei 9.605/98 (Lei da Natureza), cortar e transformar madeira de lei em carvão pode resultar na pena de um a dois anos de prisão.
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