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'Podemos crescer com a floresta de pé', diz Lula, em reunião sobre Meio Ambiente

Hora do Povo - https://horadopovo.com.br/
05 de Jun de 2022

'Podemos crescer com a floresta de pé', diz Lula, em reunião sobre Meio Ambiente
Afirmação foi feita na véspera do Dia Internacional do Meio Ambiente. "Não haverá garimpo em terra indígena", garantiu Lula, reiterando que a humanidade "pode tirar proveito da biodiversidade"

Hora do Povo
05/06/2022

O ex-presidente Lula e seu vice Geraldo Alckmin participaram de uma reunião neste sábado (4), véspera do Dia Internacional do Meio Ambiente, com cientistas, pesquisadores e entidades do setor ambiental brasileiro. Lula disse que num eventual novo governo, respeitará as áreas de proteção ambiental, não admitirá garimpo em terra indígena e trabalhará para restabelecer o prestígio e o protagonismo internacional que o Brasil já teve no debate sobre meio ambiente.

"Tudo o que eles desfizeram nós vamos ter que refazer. E vamos ter que cuidar efetivamente com respeito com as nações indígenas espalhadas por esse país. Nós que devemos para eles, e não eles que devem para nós", afirmou Lula.

"Nesse negócio, não tem meio termo. A gente tem que ter coragem de dizer: não haverá garimpo em terra indígena nesse país. As terras que forem demarcadas como áreas de proteção ambiental terão de ser respeitadas. Não vai ter concessão. E a outra coisa importante é que nós vamos restabelecer nossa relação com o mundo", acrescentou o pré-candidato.

O ex-presidente Lula pediu esforços aos participantes para debater com a sociedade brasileira a ideia de que a proteção ambiental não é inimiga do desenvolvimento econômico e do progresso. "É preciso que a gente convença a sociedade que isso é uma possibilidade. Quando a gente fala em benefício para a humanidade é lindo, mas a pessoa que está lá precisa ser incluída, saber que vai ter emprego, escola, saúde. Vamos melhorar as coisas, vamos gerar empregos, oportunidades", disse o ex-presidente.

Ele defendeu ainda que o Estado precisa assumir responsabilidade, contratar pessoas qualificadas, fiscalizar e ter leis mais duras, além de transformar os programas em políticas públicas para que não mudem a cada troca de governo. "O Estado precisa assumir responsabilidade. Então, o ministério vai ter que ter mais gente, a fiscalização vai ser mais atuante e a gente vai ter que ter leis mais duras", destacou.

Na opinião de Lula, "em vez de pensar em derrubar florestas, é preciso pensar em soluções para o desenvolvimento deixando-as de pé". "Não é você olhar para uma floresta e dizer vamos derrubá-la para crescer. É como crescer com ela em pé. Ou como tirar proveito da riqueza que ela oferece. Como a humanidade pode tirar proveito da biodiversidade", disse, lembrando que "é impossível imaginar que a gente vai fazer as mudanças que precisa fazer se não elegermos um presidente e junto com o presidente senadores de melhor qualidade e deputados de melhor qualidade", reforçou.

Participaram do debate, além de Lula e Alckmin, o cientista Carlos Nobre, professor da USP, ex-presidente da Capes, Raimunda Monteiro, ex-reitora da Universidade do Pará, Adriana Ramos, do Instituto Socioambiental, Márcio Astini, do Observatório do Clima, João Paulo, do MST, Jorge Viana, ex-governador do Acre, os deputados Eduardo Molon e NIlto Tatto, o senador Randolfe Rodrigues, e o presidente do PV, Carlos Pena, o ex-deputado federal Eron Bezerra, do PC do B, o deputado federal Zé Carlos, do PV, o vice-presidente da Fundação João Mangabeira, Alexandre Navarro, do PSB, o ex-governador do Piauí, Wellington Dias, além do presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloísio Mercadante.

Carlos Nobre disse que, em vez de celebração, há preocupação nesta semana do meio ambiente porque a humanidade está à beira de um precipício ambiental sem precedentes, vendo os eventos extremos se acelerarem em todo o planeta, como Brasil está sendo afetado com eventos, como s recentes em Recife e Alagoas. "Nos tornamos talvez o maior pária ambiental do planeta. Nós temos que mudar isso e o Brasil é dos poucos países que tem essa experiência, principalmente na redução das emissões do desmatamento. Temos que implementar políticas nessa direção", disse o cientista.

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