A Crítica (AM) - http://acritica.uol.com.br
Autor: Tayana Martins
07 de Mai de 2011
Vizinhaça de terreno ocupado no Tarumã diz que pelo menos um dos invasores tem residência fixa
A reunião entre o Gabinete de Gestão Integrada (GGI), a coordenação regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) e a de Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh) para definir um plano de ação para os indígenas que estão ocupando uma área no Tarumã, Zona Oeste, deve ser realizada na próxima segunda-feira, no gabinete.
De acordo com informações do coordenador regional da Funai, Odiney Hayden, os órgãos irão definir as medidas que serão adotadas com os indígenas que estão "acampados" na área verde Chácara Paraíso Tropical desde o dia 19 de abril. A reunião estava agendada para ocorrer nesta semana, mas, segundo o coordenador, ainda é preciso filtrar o cadastro das famílias que estão no local.
No último levantamento realizado pela Funai havia 129 famílias no local. Mas, de acordo com a Funai, esse número pode não ser o real. "É preciso fazer uma análise e verificar quais deles realmente têm o Registro Administrativo de Nascimento Indígena (Rani), de onde eles vêm e o que estão fazendo em Manaus", explicou.
Enquanto a Funai trabalha com esse número de famílias, os indígenas contestam afirmando que no local há 150 famílias. "Eu solicitei a uma comissão formada pelos indígenas que estão na área uma relação com o nome, etnia e origem de todos os que estão lá. Em um segundo momento vamos analisar se essas informações são verdadeiras", explicou Odiney.
Acampamento abriga quem já teria moradia
Moradores do Tarumã, que solicitaram sigilo constitucional da fonte, relataram conhecer mais de uma pessoa que está entre os "desabrigados" da ocupação indígena, mesmo tendo residência fixa.
Uma dessas pessoas seria uma mulher que mora no bairro e, todos os dias, vai à casa alugada onde mora há anos com os filhos para comer, tomar banho e trocar de roupa antes de voltar ao acampamento com o filho mais novo. Ontem, representantes da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE/AM) estiveram na área verde onde os indígenas estão.
A assembleia deve organizar uma audiência pública sobre a questão. Durante a reunião entre GGI, Funai, Semmas e Semasdh será elaborado um plano de ação com as atribuições de cada órgão. Na área onde os indígenas estão abrigados há mais de 20 barracões montados. Os indígenas que estão no local alegam que não têm casa ou que moram em áreas de risco. "Isso também precisa ser criteriosamente analisado pelo poder público. É preciso saber se eles realmente não têm casas, porque nos informaram que alguns têm", apontou Odiney Hayden, da Funai.
número de famílias que estavam no início da ocupação era de, aproximadamente, 40. O valor saltou para mais de 100 em semanas. Na área há indígenas das etnias Tukano, Mura, Cocama, Miranha, Piratapuia, Munduruku e Baré.
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