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PF mantém investigação sobre mortes

Diário da Amazônia-Porto Velho-RO
22 de Jan de 2002

A Polícia Federal continua mantendo diligências pela reserva Roosevelt, dos índios Cinta Larga, a 95 km de Espigão do Oeste. A presidente da União Nacional dos Garimpeiros, Jane Rezende, diz que o garimpo clandestino já foi palco para confrontos entre índios e garimpeiros que resultaram na morte de mais de 20 exploradores de minério. O superintendente da Polícia Federal em Rondônia Marco Aurélio de Moura, não foi encontrado ontem, mas disse no início da semana, que mais uma ossada humana foi resgatada da reserva Roosevelt. Ele não confirma, mas não descarta a possibilidade de haver outros mortos na região garimpeira. Fato confirmado por Jane Rezende. Há menos de dois meses, ossadas de quatro pessoas, possivelmente garimpeiros foram removidas do garimpo. As pessoas teriam sido mortas em confronto com os índios. Outros garimpeiros foram mortos, mas os cadáveres teriam sido ocultados. O superintendente da PF, revelou que uma super operação será realizada assim que o Ministério da Justiça liberar recursos. Mesmo assim agentes da PF, sobrevoavam o garimpo com o objetivo de fazer um levantamento da área explorada e de quantos garimpeiros ainda estão na área. O chefe do Departamento de Ordem Política e Social (Delopes), da PF, delegado Marcio Valério de Souza, continua na reserva. No final da semana, ele confirmou que estão sendo solicitados cerca de 300 homens de outros estados, inclusive com a participação de soldados do Exército, para a desintrusão de garimpeiros da Reserva Indígena Roosevelt, a 95 quilómetros de Espigão do Oeste. Márcio Valério disse que a duração da operação resgate seria imprevisível. "Vai durar o tempo necessário para resolver o que a policia encontrar por lá". Os conflitos e mortes já registrados, conforme o delegado, forçaram a solicitação de apoio a Brasília para a retirada dos garimpeiros e restabelecimento da ordem no local.

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