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PF investiga garimpo ilegal em reserva indígena de Rondônia

Gazeta de Cuiabá -MT
Autor: Edson Luiz
14 de Nov de 2001

Cerca de 30 pessoas, entre funcionários do governo federal, políticos e empresários estão sendo investigados por suspeita de facilitarem a entrada de garimpeiros de diamante na área indígena Roosevelt, em Rondônia. Numa relação recebida pelo setor de inteligência da Polícia Federal estão sete servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Fundação Nacional do Índio (Funai), que devem ser indiciados nos próximos dias. Dois deles já foram afastados de suas funções.
A PF mantém sigilo sobre as investigações que vêm sendo feitas na região de Cacoal, em Rondônia, onde foi descoberto um garimpo de diamantes dentro da área dos índios cinta-largas. Com a conivência de algumas lideranças, apoio de políticos e financiamento de empresários, a região foi tomada por cerca de dois mil homens e grandes equipamentos, apreendidos depois em uma operação feita pela Polícia Federal, com apoio da Funai e do Ibama.
Na operação, a PF descobriu que funcionários dos dois órgãos estavam incitando a invasão, em troca de vantagens. Um dos servidores da Funai recebia em torno de R$ 12 mil para passar informações para os garimpeiros sobre o dia em que seriam realizadas as operações e a localização dos policiais, utilizando o próprio rádio da instituição.

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