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PF indicia Cecílio Almeida por fraude em terras do Pará

Gazeta do Povo-Curitiba-PR e Agência Estado-São Paulo-SP
14 de Mai de 2002

Advogado afirma que a denúncia não foi confirmada nem pela CPI

A Polícia Federal do Pará indiciou sete pessoas por crimes de estelionato, falsidade ideológica e sonegação de impostos na compra, venda e registro em cartório de 4,7 milhões de hectares de terra em Altamira, no sudoeste do estado. Entre os indiciados, que começam a ser processados esta semana pela procuradora federal Solange Braga, de Santarém, está o empresário Cecílio do Rego Almeida, dono do grupo paranaense CR Almeida, e seu filho, Roberto Beltrão de Almeida.

Segundo o delegado da PF, Anderson Rui Fontel de Oliveira, documentos oficiais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Instituto de Terras do Pará revelam que a Fazenda Curuá, supostamente de propriedade do grupo de Cecílio Almeida e tida como a maior fazenda do mundo, possui cerca de 72% de sua área sobreposta sobre três reservas indígenas, uma floresta nacional e dois assentamentos do Incra. Somadas, as áreas são maiores que os estados de Alagoas e Sergipe juntos ou superiores a vários países europeus.

O advogado Eduardo Toledo, da Rondon Projetos Ecológicos, uma das empresas do grupo de Cecílio Almeida, afirma que a suposta fraude jamais foi confirmada pela Justiça. Segundo ele, a CPI que apurou grilagem de terras públicas na Amazônia não apurou fraude na compra das terras em Altamira. Pelo contrário, diz, isso nunca ocorreu.

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