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PF continua a busca por corpos

Gazeta de Cuiabá-Cuiabá-MT
Autor: Daniel Pettengill
16 de Abr de 2004

A Força Tarefa da Polícia Federal sobrevoou durante todo o dia de ontem a Reserva Roosevelt, divisa de Mato Grosso com Rondônia, mas não conseguiu encontrar o local onde estariam os supostos corpos de garimpeiros mortos em confronto com índios Cinta Larga. Trinta agentes foram destacados para a operação, na qual foram utilizados um avião e um helicóptero. Uma das aeronaves sofreu pane e não foi utilizada na operação. A expectativa é de que hoje os policiais possam descer para fazer buscas em terra. O sindicato dos garimpeiros voltou a dizer a jornalistas, ontem à tarde, que um grupo armado estaria "zelando" por 19 corpos encontrados na área, à espera da chegada da PF. Até agora três corpos foram resgatados da reserva. Ainda não se sabe oficialmente o que teria causado a morte deles. O coordenador de Operações Especiais de Fronteiras da Polícia Federal, o delegado Mauro Spósito, chegou ontem a Espigão do Oeste para auxiliar nos trabalhos, segundo o site de notícias "Rondônia Agora". Spósito é ex-superintendente da PF do Acre e Amazonas e está na região há 24 anos. Em entrevista à Agência Brasil, na Capital Federal, o presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes, disse ainda não ter informações conclusivas sobre o confronto entre índios e garimpeiros na reserva indígena. "Muitos dos possíveis mortos podem ser até vítimas de confrontos entre os próprios garimpeiros", afirmou.

Ele defendeu hoje a criação de uma lei que autorize os índios a explorar as riquezas minerais encontradas nas reservas. "Muitas comunidades indígenas estão confinadas em terras, sem condições físicas para produzir o próprio sustento", alertou Pereira.

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