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PF: cacique Desaparecido estaria vivo

O Globo, O País, p. 12
22 de Dez de 2011

PF: cacique Desaparecido estaria vivo
Indícios são de que índio que sumiu em conflito não morreu

PAULO YAFUSSO

A Polícia Federal tem fortes indícios de que o cacique Nísio Gomes, de 59 anos, não foi morto no ataque promovido por um grupo de pistoleiros ao acampamento Guaiviry, no dia 18 de novembro deste ano. A PF descobriu que, no último dia 14, houve saque da conta bancária do cacique, num caixa eletrônico em Brasília.
A principal testemunha do ataque, Valmir Cabreira, filho do cacique, prestou depoimentos e confessou que mentiu ao dizer que os seguranças chegaram ao acampamento em caminhonetes. Outro detalhe que reforça a tese de que o cacique não foi morto, como disse Valmir, é que, nas seis cápsulas de tiro de borracha entregue por ele, havia manchas de sangue que a perícia constatou serem de Nísio. Isso levou os policiais a levantarem a hipótese de o cacique recolheu as cápsulas e as entregou ao filho.
A perícia derrubou a informação dada pelo rapaz, de que o corpo de Gomes foi arrastado para a carroceria de uma camionete. O sangue encontrado no trajeto não é do cacique. Segundo
a PF, não há dúvida de que houve o ataque ao acampamento Guaiviry. As investigações confirmaram que quatro fazendeiros contrataram uma empresade segurança de Dourados, para expulsar os índios da área.
Valmir foi indiciado por denunciação caluniosa, por ter acusados duas pessoas que não têm envolvimento com o caso.A administração da Funai em Ponta Porã (MS), responsável pela região onde ocorreu o confronto dos fazendeiros com índios, não quis falar sobre o assunto.

O Globo, 22/12/2011, O País, p. 12

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