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Petróleo ameaça até índios isolados

Amigos da Terra-São Paulo-SP
23 de Nov de 2005

Área onde vivem os tagaeri, a última comunidade indígena isolada do Equador, é próxima aos blocos que empresas petroleiras exploram no Parque Nacional Yasuní

O petróleo e a madeira encurralam os tagaeri. Assim o jornal equatoriano El Comércio, em notícia publicada anteontem, define a situação do grupo indígena, comunidade habitante do Parque Nacional Yasuní e ainda isolada do contato da civilização branca.

Lideranças locais alertam que, apesar da comunidade estar em uma região dita "intangible", ou seja, intocável, a proximidade com áreas de exploração petroleira e madeireira representa um risco real a essa população, cuja sobrevivência depende dos recursos florestais. As invasões de madeireiros, por exemplo, são freqüentes e já há um histórico de conflitos.

O Ministério do Meio Ambiente equatoriano alega que está realizando um processo para redefinir os marcos legais da zona protegida. Pesquisadores sugerem que a demarcação siga acidentes naturais da região e as necessidades dos povos indígenas da região. Afirmam que os limites não podem ser artificiais, e atualmente atendem aos interesses de empresas petroleiras, entre as quais, a Petrobras, que tenta reconquistar a licença para atuar no Bloco 31, no limite norte da zona protegida.

A Encana, uma das petroleiras que já atua no parque, contesta a sugestão. A empresa alega que, se a zona protegida for delimitada dessa maneira, conforme modelo apresentado em reunião com o Ministério do Meio Ambiente, cerca de 50% do bloco em que atua estaria comprometido.

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