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Petrobras quer fortalecer producao de biodiesel no Pais

GM, Gazeta do Brasil, p.B20
06 de Set de 2005

Petrobras quer fortalecer produção de biodisel no País
Sérgio Gabrielli disse que é muito importante investir no combustível alternativo.
"O mercado está muito volátil, mas uma vez que ele se estabilize, nós vamos ter de ajustar o preço doméstico", disse ontem o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, durante a assinatura de um protocolo com o governo estadual para a produção de biodiesel no estado da Bahia. "Nossos lucros continuam robustos, mas temos de analisar o mercado do ponto de vista da continuidade da capacidade de produzir", acrescentou o executivo.
Sobre a possibilidade de sofrer pressões políticas em função de um ano eleitoral para manter os preços sem reajuste, Gabrielli afirmou que a perspectiva de crescimento ou não do País afeta o mercado de petróleo. "Se o mercado local tem problemas, isto afeta quem está produzindo. Nossa principal fonte de receita é o mercado interno, não é a exportação".
Com relação ao biodiesel, o presidente da Petrobras destacou que diante da produção insuficiente de óleo diesel no País é imprescindível o investimento no combustível alternativo. Ontem ele firmou um acordo com o governador Paulo Souto para o início dos estudos de viabilidade de produção de oleaginosas e a instalação de uma usina de produção de biodiesel no estado. O laudo técnico deve ser concluído em seis meses.
Segundo o gerente de energias renováveis da Petrobras, José Carlos Miragaya, o estudo a ser realizado vai determinar o tamanho da planta e qual a oleaginosa a ser utilizada. "Não existe oleaginosa mais adequada ou menos adequada para a implantação de um programa de biodiesel", disse. De acordo com Miragaia, a depender da região e de seu índice pluviométrico, será estimulado o cultivo da mamona e do pinhão manso, em regiões secas, ou do dendê, em regiões que precisam de chuva.
Prazo para produção
A expectativa é que, após o levantamento, a usina seja implantada num prazo de 18 meses. "Possivelmente será uma usina de médio porte, com capacidade entre 30 e 50 mil toneladas/ano (a ser determinada pelos estudos) e com localização estratégica de transporte da matéria e escoamento da produção", disse.
Para o governador Paulo Souto (PFL), as ações do estado já estão alavancando o setor, com a confirmação de implantação de outras três outras indústrias no estado. "Dentro de um ano, além da indústria francesa Dagris, que está com os estudos em fase de conclusão e que deve estimular o reaproveitamento da semente de algodão em Luís Eduardo Magalhães, outras três indústrias devem estar com sua infra-estrutura sendo implantada", anunciou.
Na opinião do governador, a Bahia tem uma condição extremamente privilegiada para a produção de biodiesel, por causa da cadeia produtiva já organizada. "Mas ainda existem problemas tecnológicos e de logística que devem ser vencidos com a união desses esforços", disse, acrescentando que os estudos reforçarão as ações que já vêm sendo desenvolvidas pelo governo baiano desde 2003.

GM, 6-7/09/2005, p. B20

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