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Pesquisa mostra que índios de Mato Grosso não sofrem desnutrição grave

Midianews-Cuiabá-MT
27 de Abr de 2005

O coordenador de Saúde do convênio Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Jaime Oliveira Aguiar, divulgou hoje (27) de manhã o resultado parcial da avaliação nutricional de 161 índios bororos menores de cinco anos realizada pela UFMT com apoio técnico do Distrito Sanitário Especial de Saúde Indígena (DSEI-Cuiabá). Não foi registrado nenhum caso de desnutrição grave, 7,5% com desnutrição moderada, 24,2% com desnutrição leve e 68,3% normais, contabilizou.

O estudo foi realizado por uma equipe multidisciplinar composta por 20 profissionais, dentre eles enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos e nutricionistas, nos dias 5,6, 7 e 8 de março em nove aldeias, no municípios de Rondonópolis, Santo Antônio de Leverger, General Carneiro, de Melgaço e Primavera do Leste. A equipe continua trabalhando na sistematização dos dados coletados. Ainda não foram definidas as ações para reverter os quadros identificados de desnutrição moderada e leve.

A equipe de saúde está otimista com o resultado da avaliação nutricional. Segundo Oliveira, os percentuais detectados nas aldeias estão abaixo do índice nacional de desnutrição infantil de 11%. Ele explicou que é feito um trabalho de rotina de desenvolvimento e crescimento em crianças indígenas menores de cinco anos. No entanto, eles decidiram aprofundar o estudo nas aldeias dos índios bororos por apresentarem possíveis fatores de risco para a desnutrição infantil como o nível sócio-econômico, cultural, geográfico e políticos.

O Distrito Sanitário Especial Indígena de Cuiabá é composto por 14 municípios, atingindo cerca de 2.850 índios de Mato Grosso das etnias bakairi, bororo, guató, umutina e chiquitanos

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