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Pesquisa junto a estudantes de comunidades ribeirinhas ajuda a aumentar população de quelônios

http://acritica.uol.com.br
21 de Fev de 2011

A população de quelônios em comunidades das calhas dos rios Médios Amazonas cresceu 38% nos últimos anos, desde que projetos de incentivo à consciência de manejo sustentável foram desenvolvidos na área.

O "Projeto Pé de Pincha", como é conhecido popularmente, é realizado junto a alunos dos ensinos fundamental e médio das comunidades do Médio Amazonas. A atividade recebe apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

A Fapeam a primeira instituição a oferecer bolsas de iniciação cientifica para jovens nessa faixa de idade, ou seja, alunos do nível Fundamental e Médio.

O mestre em Ciência Animal e professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Paulo César Machado de Andrade, considera o número significativo por conta das desovas em praias protegidas pela legislação.

Atividades
No início dos estudos, foi realizado um diagnóstico em que constava o levantamento das espécies, do consumo e a forma como eram utilizados os quelônios pelos comunitários.

Dentre as atividades desenvolvidas pelos jovens pesquisadores destacam-se a transferência do ninho ameaçado pela depredação humana para áreas mais protegidas até a devolução dos quelônios à natureza, quando estes atingem crescimento favorável de sobrevivência.

Segundo o professor, com os recursos destinados ao projeto, foram comprados pequenos equipamentos digitais para serem inseridos no casco dos filhotes, que registram em um microchip as atividades do quelônio até o fim da vida.

Outra atividade desenvolvida pelos jovens cientistas é capturar os animais que foram soltos para inserção do chip. Ao longo de 2 anos, conforme o pesquisador, foi possível saber a proporção de animais com microchips e daqueles que ainda estão soltos na natureza.

"E, por conta disso, a obtenção de um quadro estatístico durante esse período, possibilitou saber previamente sobre a taxa de crescimento e de sobrevivência de tracajás na natureza". Ressaltou.

Preservação
Andrade afirmou que a conservação e proteção dos recursos faunísticos, a partir do trabalho desenvolvido nas comunidades é extremamente necessária, pois é um item importante dentro dos ciclos de convivência.

"O jovem cientista que obteve maior treinamento será capaz de coordenar os outros comunitários, organizando e mantendo a comunidade unida, mas, principalmente gerando informações que poderão ser elaboradas e repassadas por meio de relatório aos órgãos ambientais", disse.

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