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Pesquisa investiga melhor forma de erradicar exótica invasora na Serra do Cipó

ICMBio - www.icmbio.gov.br
Autor: Izabela Ribeiro
11 de Set de 2009

A estudante Daniela Felippo, que integra o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), do ICMBio, realizou um estudo sobre análise espacial do capim braquiária no Parque Nacional (Parna) Serra do Cipó, em Minas Gerais. A pesquisa teve a coordenação de Kátia Torres Ribeiro, servidora do parque, e resultou no mapeamento da braquiária, uma gramínia africana invasora, e na estratégia para combatê-la.

Daniela delimitou três padrões de ocupação para o estudo: pontos isolados, linhas e manchas. Ela percebeu que nos três anos escolhidos para o estudo (2006, 2007 e 2008), o número de pontos aumentou, o de linhas também, só que o perímetro da linha diminuiu. Na verdade o que aconteceu foi que essas linhas que já existiam se agregaram e formaram manchas maiores.

A pesquisadora percebeu ainda que tinha de combater as grandes manchas, só que com a situação atual das unidades de conservação, isso não seria possível, pois não há gente suficiente. "No caso do Pana Serra do Cipó, temos mutirão de combate a braquiária quatro vezes por ano. Só que percebemos que todas as vezes que a gente fazia o combate em manchas grandes havia rebrota dessa braquiária", explica a estudante.

Como a ideia dos mutirões não funcionou, porque seria necessária mão de obra permanente para combater as manchas, a solução encontrada para o combate efetivo do capim da braquiária foi retirar os pontos isolados e as linhas para que eles não se agregassem e formassem uma grande mancha.

Esse processo está sendo feito da seguinte forma: os pesquisadores do Parna estão tentando substituir as braquiárias por espécies nativas, fazendo o plantio de mudas. De acordo com Daniela é uma forma de combate lenta mas eficiente.

Segundo a estudante do Pibic, a braquiária precisa ser combatida porque é uma gramínia africana invasora e está ocupando o lugar que deveria ser de espécies nativas. Ela ainda produz certas substâncias químicas (lelopatias) que são liberadas ao sol e que dificultam ou impedem a germinação de espécies nativas. Além disso, ainda pode modificar o regimento do forro porque produz uma biomassa muito maior do que das gramínias nativas.

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