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30 de Set de 2008
O Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Nordeste (Cepene), em Pernambuco, recebe nesta semana a exposição "Recifes de Coral Brasileiros", com fotografias do fundo do mar e uma programação focada na defesa desses ecossistemas. A exposição é itinerante e faz parte das atividades comemorativas da segunda edição do Ano Internacional de Recifes de Coral. A primeira ocorreu em 1997.
Entre 18 e 29 de setembro, a exposição ocorreu no Parque Marinho de Fernando de Noronha, onde houve várias ações relacionadas ao evento. Nos dias 22 e 23, por exemplo, houve curso para multiplicadores da Campanha de Conduta Consciente em Ambientes Recifais, destinados a pessoas que trabalham com turismo na região, como guias turísticos, equipes de hotéis, escolas e operadoras de mergulho.
O curso conta com o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Instituto de Recifes de Coral e do Projeto Coral Vivo e faz parte da programação destinada a divulgar a campanha , que começou em 2005, em Porto Seguro (BA) e já esteve em Tamandaré e Porto de Galinhas (PE), Maracajaú (RN) e João Pessoa (PB), em 2007.
Houve também, entre 19 e 25 de setembro, a coleta de dados sobre as condições dos recifes de corais, como uma das atividades do Programa de Monitoramento dos Recifes de Corais. O programa faz parte das atividades do Ano Internacional de Recifes de Coral e sua coordenação é atribuição da Universidade Federal de Pernambuco e do Instituto Recifes Costeiros.
AMEAÇAS - Com o objetivo de chamar a atenção para o aumento das ameaças e das perdas de recifes de coral e ecossistemas associados, como, por exemplo, os manguezais e o banco de algas, a exposição apresenta 14 painéis com programas e projetos de conservação dos recifes de coral em desenvolvimento no País, entre eles o Programa de Monitoramento dos Recifes de Corais, a Campanha de Conduta Consciente em Ambientes Recifais, vários exemplos de projetos apoiadores nas áreas costeira e marinha pela SOS Mata Atlântica e em Abrolhos (BA) da Conservação Internacional.
Os painéis apresentam ainda informações sobre o projeto GEF Mangue, cujo objetivo é o de ampliar o Sistema Nacional de Unidades de Conservação a fim de que se possa alcançar a conservação e o uso sustentável dos recursos dos manguezais com recursos financeiros do governo federal e do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (Global Environment Facility - GEF. Criado em 1991, trata-se de um fundo de cooperação internacional com o propósito de outorgar doações financeiras a projetos e programas de proteção ao meio ambiente).
Considerado um dos mais importantes ecossistemas e mais diverso habitat marinho do mundo, os recifes de corais vem sofrendo ameaças de toda sorte, dentre elas, a comercialização de corais e de seus fragmentos no País e no exterior para ornamentação de aquários em países, como Argentina, Canadá, Reino Unido, França, Holanda, Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Itália, Grécia e Áustria, além do Brasil, e outros tipos de consumo.
Para se ter uma idéia dessas ameaças, durante a Operação Nautilus, realizada este ano, a Polícia Federal apreendeu 60 toneladas de corais. No ano passado, em apenas duas empresas, foram apreendidas 16 toneladas para consumo interno e 20 toneladas para exportação.
Atualmente, vários países vêm criando recifes artificiais, com a implantação de grandes estruturas submersas, como navios naufragados e até mesmo aviões, no ambiente marinho para oferecer as condições e fornecer o substrato para a colonização de diversos organismos, criando um ambiente artificial similar aos recifes naturais. Várias espécies de peixes de importância econômica e ecológica utilizam estes habitats como abrigos contra predadores, áreas de crescimento, reprodução e alimentação.
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