Brasil Norte-Boa Vista-RR
28 de Jun de 2003
A PEC que altera os critérios para novas demarcações de reservas indígenas no Brasil, do senador Mozarildo Cavalcanti, foi retirada da pauta do votação a pedido do próprio autor.
O senador disse ontem à coluna que algumas divergências precisam sem contidas antes que a matéria chegue ao plenário.
Mas não tem dúvida de que apesar da resistência de ONGs e pseudo-ambientalistas, a PEC será aprovada. "Assim quer a maioria dos brasileiros", disse.
Bancada rachada
Prevendo o pior e já ensaiando a reação, os parlamentares federais roraimenses marcaram audiência com Zé Dirceu para tratar especificamente do caso Raposa/Serra do Sol.
Reunidos no gabinete do senador Augusto Botelho (PDT), os deputados e senadores de Roraima discutiram a posição que devem tomar com relação às votações das reformas.
Apenas o consenso de que a proposta do governo do estado, que reduz em 20% a extensão da área para demarcação, seja discutida agora com o ministro-chefe da casa Civil José Dirceu, foi acertado, e ontem mesmo, Luciano Castro apresentou requerimento pedindo audiência apenas da bancada com o ministro.
Todos juntos
No entanto, a bancada vai incompleta à audiência com José Dirceu.
O deputado Rodolfo Pereira (PDT) disse que não iria à reunião alegando que "o que tinha que ser dito já foi dito pelos índios de Roraima ao ministro da Justiça, Márcio Tomás Bastos. Não tenho mais o que falar".
Rodolfo comentou: "Não trabalho sob pressão. Posso não concordar com o que se pretende fazer com o meu estado, mas não posso prejudicar outras classes com o funcionalismo público, simplesmente por discordar do governo", afirmou.
Escala da morte
Nos primeiros seis meses deste ano, 12 índios foram assassinados no país em conflitos de terra.
Os povos indígenas reclamam que a violência é resultado da falta de iniciativa na demarcação de seus territórios tradicionais.
Por conta disso, o governo Luiz Inácio Lula da Silva já foi denunciado duas vezes a organismos das Nações Unidas. N
esta semana, índios dos três estados da região Sul decidiram acampar em frente ao Ministério da Justiça para protestar. Eles prometem ficar até serem recebidos pelo presidente da República.
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