COIAB-Manaus-AM
02 de Jun de 2004
A primeira etapa do "Curso de Formação de Gestores de Projetos Indígenas", oferecido pelo Projetos Demonstrativos dos Povos Indígenas (PDPI), iniciou no dia 01 de junho, em Manaus, Amazonas, com a participação de 30 representantes indígenas indicados por organizações indígenas de todos os estados da Amazônia Legal.
O objetivo do curso é capacitar lideranças indígenas para a gestão de suas organizações e projetos, visando a busca de alternativas de sustentabilidade e a ampliação da autonomia dos povos indígenas. Depois do período de um ano, se espera que o gestor indígena seja um profissional dotado de conhecimentos específicos, que articula esses conhecimentos com outros saberes produzidos no seu meio social e é capaz de encaminhar a sua ação para transformar positivamente a realidade e o meio em que atua.
A programação do curso prevê o estudo de temas como: realidade indígena brasileira; diagnóstico geral de projetos; formulação, apresentação e negociação de projetos; implantação, acompanhamento e avaliação de projetos; lições apreendidas e perspectivas dos Gestores de Projetos.
O Curso está organizado em 5 etapas ou módulos de estudos de concentração, em Manaus, com duração média de 120 horas cada e em 5 módulos de estudos nas aldeias e organizações indígenas de origem, com duração média de 60 dias. Ao final do curso será realizado um seminário integrador para apresentação dos trabalhos dos cursistas e a avaliação do processo de formação.
O evento coordenado pelo PDPI, que é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, é realizado em parceria com a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia (Coiab), a Universidades Estadual do Amazonas (UEA), a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a Fundação Estadual dos Povos Indígenas (Fepi) e a Cooperação Alemã (GTZ). O programa conta com o financiamento do Governo Britânico através do Ministério para o Desenvolvimento Internacional - DFID, no âmbito do PPG-7 .
Para os organizadores, o curso caracteriza-se como uma iniciativa piloto e, como tal, está aberto aos ajustes que possam aperfeiçoá-lo e consolidá-lo, em prol da formação de gestores de projetos indígenas.
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