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Parques mantem o que resta da biodiversidade

OESP, Geral, p.A15
13 de Ago de 2004

Parques mantêm o que resta da biodiversidade
Áreas preservadas podem dar origem a a novos remédios e lucros com ecoturismo
Evanildo da Silveira
Calcula-se que o Brasil abrigue 20% da biodiversidade do planeta.
Devido a várias causas, no entanto, entre elas o desmatamento e a urbanização crescentes, aos poucos o País vai perdendo essa riqueza sem ao menos conhecê-la por inteiro. Para preservar uma parcela dela, o Brasil vem criando áreas de proteção ambiental.
Hoje o País tem sete sítios reconhecidos pela Unesco como Patrimônio Mundial Natural do Brasil. No total, eles somam 34 mil quilômetros quadrados, área maior do que Alagoas.
Para preservar não basta, porém, áreas extensas. É preciso estrutura, pessoal para tomar conta e fazer pesquisa. É o que falta para algumas dessas unidades de proteção, como o sítio Costa do Descobrimento, no sul da Bahia e norte do Espírito Santo.
Os Parques Nacionais do Descobrimento, do Pau-brasil e Monte Pascoal, que fazem parte desse sítio, são exemplos disso. "Os dois primeiros vivem uma situação complicada", conta Luís Paulo Pinto, do Programa da Mata Atlântica, da organização não governamental Conservação Internacional. "Faltam um plano de manejo e pessoal para realizar pesquisa. No Monte Pascoal, por sua vez, há índios pataxós vivendo e, por causa disso, existe um conflito entre a Funai e o Ibama."
Bem preservadas, as áreas de proteção retribuem os cuidados da sociedade com muitos benefícios. "Elas podem gerar recursos, para sua própria manutenção, por meio do ecoturismo", diz. "Além disso, o potencial de sua biodiversidade para dar origem a novas substâncias, que podem se transformar em medicamentos, é enorme. Sem falar nos chamadas serviços ambientais, como a manutenção de mananciais e do microclima e na preservação dos solos, que evita erosão e enchentes."

OESP, 13/08/2004, p. A15

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