VOLTAR

Parque Nacional da Chapada das Mesas será criado no Maranhão

Ministério do Meio Ambiente
Autor: Aldem Bourscheit
13 de Dez de 2005

O Ministério do Meio Ambiente anunciou nesta terça-feira (13), durante a II Conferência Nacional do Meio Ambiente, em Brasília (DF), a criação do Parque Nacional da Chapada das Mesas. A área protegerá 160 mil hectares de Cerrado nos municípios de Carolina, Riachão e Estreito, no centro-sul do Maranhão.

De acordo com o diretor de Ecossistemas do Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Valmir Ortega, a criação do parque faz parte do esforço dos órgãos ambientais do Governo Federal para elevar a área protegida no Cerrado. Pouco mais de 2,5% do bioma está resguardado em unidades de conservação federais e estaduais. Conforme Ortega, a pressão para novos desmatamentos impulsionados por carvoarias e abertura de novas frentes para a agropecuária é muito forte. "É uma corrida contra o tempo para salvar grandes remanescentes", ressaltou.

A região que agora está abrigada dentro do parque nacional é extremamente rica em espécies de animais e de plantas, sem falar no alto potencial turístico em decorrência das belezas naturais da Chapada das Mesas. Os planos do Governo Federal incluem a criação de novas áreas protegidas no Maranhão, formando um "mosaico" com parques e reservas estaduais e federais e terras indígenas.

A criação do parque era debatida e avaliada desde 2004, mas ganhou força no início deste ano com a realização de estudos de campo que comprovaram o valor ecológico, social, econômico e cultural da região. Foram realizadas consultas públicas em todos os municípios abrangidos, assegurando a participação de vários segmentos sociais na definição dos limites da unidade de conservação. "A contribuição (do parque) para a preservação do Cerrado é bastante significativa, pois eleva o percentual protegido do bioma", disse o diretor.

Ministério do Meio Ambiente e Ibama encaminharão a realização de um cadastro de todos os moradores, posseiros e ocupantes para a regularização fundiária do parque nacional. (Aldem Bourscheit/ MMA)

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.