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Parque Ecologico do Tiete tem area de lazer renova

OESP, Cidades, p.C6
20 de Nov de 2004

Parque Ecológico do Tietê tem área de lazer renovada
Reforma de 8 meses e R$ 2,46 milhões tirou o aspecto de abandono no local, que recebe 120 mil pessoas por mês
Mauro Mug
As três piscinas do conjunto aquático estão reformadas e cheias de água clarinha. O museu, ampliado, agora tem painéis contando a história do Tietê. Os quatis, que já não esbarram em sujeira pelo chão, passeiam para lá e para cá. Depois de oito meses de recuperação, o Parque Ecológico do Tietê será reinaugurado amanhã, às 12 horas.
Está totalmente renovado, sem o aspecto de abandono que havia em março. Na ocasião, o governador Geraldo Alckmin visitou o parque e não gostou do que viu: mato alto, muita sujeira, quadras, churrasqueiras, sanitários e brinquedos danificados. A recuperação do espaço foi feita em parceria com o Banco Santander Banespa, que investiu R$ 2,46 milhões nas reformas e construção de novas instalações.
Os trabalhos no parque, que recebe cerca de 120 mil visitantes por mês, concentraram-se no centro de lazer, área com 1,5 milhão de metros quadrados, onde se destacam os lagos. A reforma foi feita com base no projeto original do arquiteto Ruy Ohtake, da década de 70. A mão do projetista pode ser observada nas curvas da arquitetura dos 470 metros quadrados acrescentados aos antigos 700 m2 do Museu do Tietê, que tem dois jardins internos, um de cada lado do corredor que liga os dois prédios.
O número de churrasqueiras aumentou de 10 para 18 e as 6 quadras poliesportivas tiveram seus pisos refeitos e pintados. Em uma delas, foi instalada cobertura. Os sanitários e vestiários foram reformados e ampliados. Há ainda três lanchonetes.
Durante as obras, o maior problema enfrentado por engenheiros e operários foi o vandalismo. Os vândalos picharam paredes, mesmo depois de repintadas, fizeram buracos nos alambrados de proteção e invadiram as piscinas, furtaram as válvulas de descargas dos sanitários e fios da rede elétrica enterrada. As mesinhas de concreto com tabuleiro de xadrez foram atiradas ao chão, nas áreas um pouco mais isoladas.
"Um grupo de rapazes chegou a apontar o revólver para um segurança que o impedia de jogar em uma das quadras que estavam sendo reformadas", conta Gilson Prado, administrador do parque. "Também invadiram os quatro campos de futebol, interditados por três meses para que a grama pudesse crescer adequadamente."
Em toda a área de lazer foram replantados 20 mil metros quadrados de grama e a trilha de 4,5 quilômetros, em torno dos lagos, recebeu cascalho. O Centro de Recepção de Animais Silvestres (Cras) também foi ampliado e pintado. Só os pernilongos continuam infernizando os visitantes. Como a área é de preservação ambiental não se pode utilizar inseticidas.
O telhado recebeu telhas ecológicas, flexíveis. "A troca foi necessária, pois o macacos-prego, para quebrar os frutos para comer as sementes, batiam nas telhas antigas, perfurando-as", explicou o engenheiro Marcos Jakbi, da Construtora Ghimel, responsável pela reforma.
O parque ocupa uma área de 12 milhões de m2, equivalente a oito Parques do Ibirapuera, entre a Barragem da Penha e Guarulhos. Em suas matas podem ser vistas antas, capivaras, catetos, cutias, pequenos veados e aves, como galo da campina, cardeal, papagaios e araras. São animais apreendidos pelo Ibama e pela Polícia Militar Ambiental que procriaram no local. A entrada principal é pelo km 17 da Rodovia Ayrton Senna, à direita.

OESP, 20/11/2004, p. C6

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