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Parlamentares verificam situação da TI Raposa Serra do Sol 5 anos após a retirada de não-índios

Tudo Rondônia - http://www.tudorondonia.com
05 de Dez de 2013

Na Terra Indígena Raposa Serra do Sol vivem cerca de 20 mil índios. São 194 comunidades que abrigam, além dos Macuxi, os Taurepang, Patamona, Ingaricó e Wapichana.

Cinco anos após a retirada de não-índios da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, uma comitiva de três deputados da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara e da Frente Parlamentar de Apoio aos Povos Indígenas irá à região, com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), verificar as condições de vida nas comunidades, a maioria delas do povo Macuxi.

Na Terra Indígena Raposa Serra do Sol vivem cerca de 20 mil índios. São 194 comunidades que abrigam, além dos Macuxi, os Taurepang, Patamona, Ingaricó e Wapichana.

"A visita permitirá que, passados todos esses anos, possamos avaliar se as comunidades estão recuperando aspectos socioculturais e ambientais a partir da decisão do Supremo Tribunal Federal pela manutenção da demarcação em terra contínua e desintrusão da área", explica o coordenador da Frente Parlamentar de Apoio aos Povos Indigenas, deputado Padre Ton (PT-RO).

A comitiva, integrada ainda pelo coordenador geral do Conselho Indigenista Missionário (CIR), Mário Nicácio Wapichana, terá agenda nesta sexta-feira 6, e durante todo o sábado 7. Além de Padre Ton, estão no grupo os deputados Renato Simões (PT-SP) e Janete Capiberibe (PSB-AP). A deputada Marina Sant'Anna (PT-GO), autora do Requerimento para realização da visita, por motivo de saúde foi impedida de viajar.

Os deputados visitam aldeias da TI Raposa Serra do Sol oito meses após a visita da Comissão da Amazônia, que segundo reportagem do site Congresso em Foco constatou aproximação entre agricultores e indígenas em função da falta de assistência do poder público para que as comunidades possam promover sua sustentabilidade econômica.

"Queremos verificar em que medida isso está ocorrendo, em quanto a desintrusão contribuiu para melhorar a qualidade de vida das comunidades, e se isso não ocorreu como era esperado, o que poderá ser feito para que se possa garantir mais apoio a projetos e assistência à saúde, educação e segurança alimentar", diz Padre Ton.

Agenda

Nesta sexta-feira, 6, a comitiva terá reunião com lideranças indígenas em Boa Vista, na sede do Conselho Indigenista de Roraima (CIR), com participação de representantes do Ministério Público Federal; Advocacia Geral da União; Universidade Federal de Roraima e outros órgãos governamentais ou não.

No dia 7, sábado, pela manhã, a primeira visita é a Aldeia Tendão de Flexa onde vive a comunidade Amoko Pru. A comitiva desloca-se, a seguir, para a comunidade Barro, na região Surumu, onde fica o Centro de Formação e Cultura Raposa Serra do Sol. As lideranças indígenas mantém uma escola que incentiva os jovens indígenas a desenvolverem atividades profissionalizantes voltadas para o atendimento a projetos comunitários. A visita é prevista até 11h45.

Após esse horário, o grupo cumpre a terceira visita na região Serras, onde estão as Comunidades Maturuca e Socó, com duração de três horas de atividades previstas. A quarta e última visita ocorrerá na Região da Raposa, Lago Caracarana, local de recuperação ambiental e de importância cultural e espiritual para os indígenas.

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