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Parceiros preparam plano de administração do Parna Monte Roraima

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14 de Abr de 2008

O Instituto Chico Mendes elabora, em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Conselho dos Povos Indígenas Ingarikó (Coping), entre outras organizações, o Plano de Administração e de Gestão do Parque Nacional Monte Roraima, unidade de conservação com pouco mais de 117 mil hectares, localizada em Roraima, em área superposta à Terra Indígena Raposa Serra do Sol.

Situado na fronteira com a Venezuela e a Guiana, o parque possui grande potencial turístico e ecológico, que devem ser protegidos e utilizados de maneira racional.

O plano é fruto de amplo debate e negociação desde 2005, quando ocorreu a Assembléia Geral dos Povos Indígenas Ingarikó, na Aldeia Serra do Sol, em Roraima.

Durante o encontro, foram debatidas e apresentadas as propostas de ações nas áreas de segurança alimentar, gestão territorial, educação e alternativas sustentáveis para geração de renda na região.

Em março deste ano, lideranças indígenas dos Ingaricó, Macuxi, Wapixana, Taurepang e Patamona, que vivem no local estiveram no Instituto Chico Mendes, em Brasília, para debater a implantação da reserva.

Na ocasião, foi firmado compromisso para a constituição de uma gestão compartilhada da área do parque sobreposta à terra indígena.

Proposta de criação de um Grupo de Trabalho foi encaminhada ao Ministério da Justiça com representação do Instituto Chico Mendes, da Funai e dos Ingaricó para definir como será a regulamentação e o uso da área.

O diretor de UCs de Proteção Integral do Instituto Chico Mendes, Júlio Gonchoroski, declarou aos indígenas que o Instituto tem "muito o que aprender" com eles e que o GT irá definir "o que pode e o que não pode" na área do parque.

A utilização do parque, preferencialmente para o turismo, é consensual entre indígenas e o Instituto Chico Mendes. Martins Ingaricó, representante dessa população indígena que vive na região, disse que o seu povo é muito empenhado na conservação do ecossistema.

Dentre as ações previstas, merece destaque o aproveitamento do parque, e em especial da área sobreposta à terra indígena, para o desenvolvimento do ecoturismo.

Além disso, o grupo definiu a construção de uma proposta de zoneamento para evitar conflitos com a legislação que trata da gestão de unidades de conservação federais.

A idéia é garantir uma participação efetiva das comunidades indígenas da região no processo de planejamento e gestão da unidade, dando-lhes possibilidades de uso dos recursos naturais que sejam mais sustentáveis.

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