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PARABÒLICAS

Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR
28 de Set de 2004

No sábado passado, a coluna publicou e-mail mandado desde a Alemanha. O leitor László Maráz, que diz pertencer a uma Ong chamada Regenwald, pede dados sobre informações veiculadas nesta Parabólica quanto à existência de ongs que recebem dinheiro do exterior para lutar contra o avanço da cultura de soja na Amazônia. Tem todo o direito o leitor de perguntar, o que nos dá a oportunidade de fazer dois comentários sobre o assunto.
Sem dúvida o futuro da Amazônia preocupa gente de todo o Planeta. Isso é tão verdadeiro que justifica o interesse de alguém na Alemanha pesquisar na internet comentários sobre a região feitos num jornal de circulação local, num longínquo e insignificante estado brasileiro, que é pequeno demográfica e economicamente. Se não fosse por estar situado na Amazônia, quem prestaria atenção ao que se fala em Roraima? Decididamente, quase ninguém. Apesar disso, ficamos envaidecidos em saber que a Folha incomoda até na Europa.
Se vivesse no Brasil, László Maráz saberia que temos entre nós a máxima: "O que é público e notório não precisa ser provado". O discurso anti-Brasil, as teses defendidas, os recursos movimentados, os fartos salários pagos aos brasileiros mercenários, as viagens constantes de seus agentes ao exterior e as ramificações que se espalham principalmente pelos países ditos do primeiro mundo, são provas eloqüentes de que alguém financia essas instituições. É claro, esses recursos tem origem, quase sempre nesses países que disputam com o Brasil mercados internacionais de produtos agro-pecuários.
De qualquer forma, o leitor Lászlo Maráz deve ser tratado com o maior respeito, assim como o fazemos a todos aqueles milhares de leitores que nos dão a honra de sua leitura diária. Por isso, reiteramos a Maráz que a coluna não defende a exploração predatória da Amazônia. Pelo contrário, como consideramos que ela é nossa, lutamos por sua preservação, o que significa tratá-la com responsabilidade para que possamos explorar seus recursos naturais por todos os tempos futuros.
O que combatemos é essa poderosa onda produzida no primeiro mundo, inclusive na Alemanha, para transformar a Amazônia num depósito de recursos minerais e de biodiversidade para serem usufruídos quando o capital internacional julgar conveniente.
Dia de eleição é dia de faxina.

FAXINA 1
Pela oportunidade, transcrevemos abaixo, na íntegra, e-mail recebido do leitor Caius: "Periodicamente realizamos faxinas em nossa casa para retirar a sujeira que se acumula e que não podemos eliminá-la durante certo período. Mesmo em nossa vida, fazemos o mesmo. Precisamos parar, pensar e nos re-dirigir. Com a cidadania precisamos fazer o mesmo. De tempos em tempos, temos que reavaliá-la e redirecioná-la. Isso também implica em mantermos ou excluirmos líderes políticos que atendam ou não as necessidades que temos".
FAXINA 2
"Toda eleição é uma ótima oportunidade para isso. É nosso dia de faxina como cidadãos. É o momento certo para mudarmos ou mantermos nosso rumo. Políticos improdutivos ou não-cidadãos devem ser mandados de volta para sua obscuridade. Se nenhuma das opções é boa, não se force a escolher a menos pior. Aqueles que são verdadeiros líderes e merecem nossa confiança
devem ser mantidos. Dia de eleição é dia de faxina. Pense e aja

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