VOLTAR

Para TCU, foi crônica de uma morte anunciada

OESP, Metrópole, p. C3
26 de Jun de 2010

Para TCU, foi ''crônica de uma morte anunciada''
Auditoria aponta 'falhas graves' nas políticas públicas de prevenção a desastres climáticos e socorro às vítimas

Vannildo Mendes

Auditoria realizada em abril pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a pedido do Senado, levantou "falhas graves" nas políticas públicas de prevenção a desastres climáticos e socorro a vítimas. Constatou que se gasta muito pouco em prevenção e os recursos federais para recuperação de danos, após o desastre, são insuficientes, além de distribuídos sem critério técnico.
Técnicos que fizeram o levantamento compararam a situação em Alagoas e Pernambuco à "crônica de uma morte anunciada". O estudo mostra que a tragédia nordestina, região mais castigada do País tanto por secas como por enchentes, tem se repetido ao longo de décadas. Mas apesar das reiteradas recomendações, o poder público não executa políticas preventivas corretas e os danos se repetem.
Entre 2004 e 2009, conforme a auditoria, cerca de R$ 933 milhões foram comprometidos para socorro a vítimas e recuperação de áreas atingidas por desastres climáticos. Mas só R$ 357,8 milhões foram efetivamente aplicados, por conta da burocracia e despreparo dos gestores. O fisiologismo político também impera na partilha dos recursos: a Bahia ficou com nada menos que 37% do total da verba liberada no período. O Estado nem sequer figura entre os mais afetados por tragédias climáticas.
Segundo colocado, Mato Grosso recebeu 17% do total. Em terceiro veio São Paulo (8,9%), um dos Estados mais castigados por intempéries. Alagoas não recebeu nada e Pernambuco ficou com menos de 1%. Os auditores constataram "elevado grau de distorção" na distribuição da verba federal.

OESP, 26/06/2010, Metrópole, p. C3

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100626/not_imp572415,0.php

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.