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Para Siqueira, construção simultânea de três hidrelétricas no TO reduz desníveis sociais

Jornal do Tocantins-Palmas-TO
23 de Abr de 2002

O início, ainda este ano, da construção simultânea de mais três usinas hidrelétricas de grande porte no Tocantins - Peixe, São Salvador e Santa Isabel - foi considerada pelo governador Siqueira Campos como um grande passo para se conseguir a redução dos desníveis sociais e econômicos existentes entre as diferentes regiões do País, com a garantia de mais emprego e renda para a população.A afirmação do governador foi feita após o encerramento da solenidade de assinatura dos contratos de concessão de nove hidrelétricas que serão construídas no Brasil nos próximos cinco anos, realizada ontem à tarde, no Salão Leste do Palácio do Planalto, com a presença do presidente Fernando Henrique Cardoso, do ministro chefe da Casa Civil, Pedro Parente, e do ministro das Minas e Energia, Francisco Gomide.

As três novas hidrelétricas que serão construídas no Tocantins serão responsáveis por investimentos de R$ 2,7 bilhões nos próximos cinco anos e oferta de 15 mil empregos diretos e 75 mil indiretos. A UHE Peixe deve iniciar as obras no mês de maio, enquanto que a UHE São Salvador e a UHE Santa Isabel esperam a liberação das licenças ambientais para começar a trabalhar.

MAIS RÁPIDO
O presidente Fernando Henrique Cardoso fez questão de chamar a atenção para a necessidade de os projetos de implantação das novas hidrelétricas serem implementados com rapidez, como forma de combater eventuais dificuldades que o País possa enfrentar no setor. Ele destacou que todos - Governo e população - aprenderam muito durante os programas de racionamento.

"O Brasil saiu fortalecido. O Brasil continua firme, crescente, mas para isso houve esforços de muitos. Agora, fazemos uma parceria entre o Governo e a iniciativa privada. É uma nova filosofia que precisou de seis anos de ajustes até votarmos leis que pudessem superar a paralisação dos investimentos no setor de geração de energia", disse o Presidente para um público de 300 pessoas, a maioria empresários.

Durante o discurso, Fernando Henrique observou que tem recebido visitas de pessoas de vários países do mundo. "Ouço comparações que eles fazem entre o Brasil e os outros países, afirmando que estão interessados em continuar investindo aqui, porque sabem que nós temos capacidade de enfrentar e superar as dificuldades. São eles que dizem, e é verdade, nós sabemos resolver nossos problemas e sempre saímos fortalecidos".

MEIO AMBIENTE
Sobre o licenciamento dos projetos junto aos órgãos responsáveis pelo meio ambiente, o Presidente disse que ele próprio é um preservacionista, mas insistiu em que não pode haver exagero capaz de comprometer os programas de desenvolvimento do País. Enfático, nesse ponto, Fernando Henrique afirmou: "não quero obstáculos excessivos dos órgãos do meio ambiente à construção das hidrelétricas".

A posição do Presidente deixou claro que "é preciso acabar com a birra de alguns procuradores, de alguns diretores de órgãos que exageram, é preciso acabar com o jogo de empurra. Precisamos preservar o meio ambiente, mas tem que haver novas obras que permitam o crescimento do País, obras que dêem condições de as pessoas alimentarem os filhos do Brasil".

A construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Estado do Pará, com capacidade de geração superior a 8.000 MW, também foi considerada por Fernando Henrique como obra indispensável. "Quero que se faça essa licitação com urgência, ainda no meu Governo. Vamos discutir o que tiver que ser discutido junto ao meio ambiente e resolver a questão rapidamente".

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