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Para salvar o rio Xingu

Ciência Hoje, v. 36, n. 212, p. 56
28 de Fev de 2005

Para salvar o Rio Xingu

Assoreamento, mortandade de peixes e contaminação por agrotóxicos são alguns dos problemas que vêm se agravando no rio Xingu como resultado do crescente processo de ocupação em seu entorno. A pecuária, principal agente de desmatamento, compromete a maior parte das nascentes do rio, devido à derrubada das matas ciliares para a criação de pastagens.

Atendendo à demanda dos povos indígenas locais - principais afetados pela situação -, várias entidades civis, entre elas a organização não-governamental Instituto Socioambiental (ISA), realizaram em Canarana (MT), em outubro de 2004, o Encontro Nascentes do Rio Xingu. Marco inicial de uma campanha que pretende unir vários setores da sociedade em torno da recuperação das cabeceiras e matas ciliares do rio, o evento teve a participação de 320 pessoas, entre representantes de órgãos públicos e prefeituras, lideranças indígenas, trabalhadores rurais, empresários e pesquisadores.
"Formamos cinco grupos de trabalho para discutir e identificar as demandas dos vários setores e propor alternativas, bem como estabelecer um planejamento para a campanha que conduziremos", explica o filósofo Márcio Santilli, coordenador do evento e membro do conselho diretor do ISA. Além de escolher o nome da campanha - 'Yikatu Xingu, que quer dizer 'água boa, limpa'-, os participantes publicaram, no encerramento do encontro, uma carta na qual pedem o apoio da sociedade e dos vários setores do governo para promover políticas e obter recursos para garantir a preservação do Xingu.

Ciência Hoje, Jan./Fev./2005, p. 56

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