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Para antropólogo, reserva de Dourados sofre superlotação

Campo Grande News-Campo Grande-MS
Autor: Inara Silva
17 de Mar de 2005

O antropólogo Fabio Mura disse hoje que a solução para a questão dos índios de Dourados deve passar pela tentativa de recuperação das terras indígenas no Estado. Ele fez a declaração durante a audiência promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, presidida pelo senador Juvêncio César da Fonseca (PDT-MS), no Senado Federal, em Brasília. Mura trabalha diretamente com os guarani caiuá em Dourados, na região onde tem ocorrido morte de crianças indígenas vítimas de desnutrição.
Mura afirmou que, deste 1917, quando foi criada a reserva de Dourados, os índios foram expulsos pela titulação de terras dada aos brancos e colocados na Reserva. No entanto, ele disse que a população do local tem apresentado um crescimento vegetativo de
cerca de 400 pessoas ao ano e eles não têm mais condições de sobreviver. Formada pelas aldeias Jaguapiru e Bororó, a reserva indígena de Dourados tem mais de 11 mil índios que vivem em 3,5 mil hectares de terras. O antropólogo acrescentou que o local tem 44 lideranças reconhecidas e formadas a partir das famílias, portanto, "para achar solução é complexo", argumentou.

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