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Para agricultor, único interesse é o uso da estrada

Diário de Cuiabá-MT
Autor: Rodrigo Vargas
24 de Fev de 2002

Um representante do Sindicato Rural de Tangará da Serra estava junto com as lideranças paresi no dia na primeira audiência da Justiça Federal, em Cuiabá. O agricultor Gentil Grapeggia, que é grande produtor de soja e arroz na região, veio testemunhar em favor do acordo firmado com os índios em prol do asfaltamento da rodovia.

Segundo ele, a relação entre fazendeiros e índios paresi é muito diferente da existente entre madeireiros ou garimpeiros em outras etnias e regiões. "Além de aqui não existir nenhum conflito, nós nunca retiramos nada lá de dentro da área indígena. Só nos interessa o direito de passagem", disse.

O aumento da população dos índios desde a assinatura do primeiro contrato, em 1984, é a maior prova da "satisfação dos paresi". Na época, o direito de abrir a estrada "Nova Fronteira" foi obtido com a contrapartida de 600 sacas de sementes e assistência técnica. "Também reconhecemos a área como sendo deles", diz o agricultor. "Para nós, a estrada é um benefício também. Ela vem encurtar o caminho e isso diminui nossos custos".

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